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EUA exigem outras libertações na Turquia

12 out, 2018 - 23:12

Pastor Andrew Brunson foi libertado esta sexta-feira, mas Mike Pompeo lembra que há outros casos a resolver rapidamente.

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O secretário de Estado dos Estados Unidos apela ao Governo turco para "libertar rapidamente" os outros cidadãos norte-americanos e vários empregados locais das missões diplomáticas de Washington ainda detidos na Turquia, depois da libertação do pastor Andrew Brunson.

“É um grande dia para a América! Mais um cidadão [norte-]americano foi libertado. O mundo deve saber que o Presidente dos EUA e o Departamento de Estado continuam a trabalhar duro para trazer para casa todos os reféns [norte-]americanos e os detidos sem razão", escreveu Mike Pompeo, na rede social Twitter.

A justiça turca libertou da prisão domiciliária Andrew Brunson, cuja detenção provocou uma grave crise entre Ancara e Washington.

O tribunal, em Aliaga, na região de Izmir (oeste), condenou o pastor a três anos e um mês de prisão, mas decidiu libertá-lo tendo em conta o tempo que já passou detido e o seu comportamento durante o processo.

O Ministério Público pediu uma pena "até dez anos de prisão" por pertença a uma "organização terrorista".

Brunson, de 50 anos e que vive na Turquia há mais de duas décadas, foi preso em dezembro de 2016 e indiciado por espionagem e acusações relacionadas com terrorismo.

A tensão entre a Turquia e os Estados Unidos da América, latente desde há longos meses, agravou-se após a imposição por parte de Washington, em 1 de agosto, de sanções contra dois ministros turcos devido ao caso Brunson.

A Turquia respondeu às sanções com contramedidas semelhantes dirigidas a altos cargos norte-americanos.

Apesar de as relações bilaterais manterem várias situações em aberto, incluindo o apoio norte-americano a milícias curdas sírias que Ancara considera terroristas, a detenção do pastor evangélico foi o fator que motivou a aplicação de sanções mútuas entre os dois aliados da NATO.

A Turquia acusa por sua vez Washington de não pretender extraditar o predicador islamita Fethullah Gülen, autoexilado nos EUA há 19 anos e acusado de responsabilidade pelo fracassado golpe de Estado militar de julho de 2016, uma alegação que este também tem rejeitado.

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