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Agressões em Alcochete. Ex-oficial de ligação aos adeptos fica em prisão preventiva

10 out, 2018 - 22:15

Juiz de instrução do Tribunal do Barreiro aplicou medida de coação a Bruno Jacinto, suspeito de ter conhecimento de, e não evitar, o ataque à Academia do Sporting.

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Foi decretada, esta quarta-feira, prisão preventiva como medida de coação para Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos do Sporting, suspeito de envolvimento nas agressões à Academia do Sporting.

O antigo funcionário do clube leonino terá tido conhecimento prévio do ataque de 15 de maio, quando um grupo de 40 adeptos encapuzados invadiu Alcochete e agrediu membros do plantel e da equipa técnica.

Bruno Jacinto, que foi ouvido esta quarta-feira, no Tribunal do Barreiro, também terá ajudado os agressores a fugir da Academia, com o objetivo de os ajudar a evitar a detenção. São, agora, 38 os suspeitos do ataque ao centro de treinos do Sporting que se encontram em prisão preventiva.

Após mais de três horas de interrogatório, o juiz de instrução criminal do Tribunal do Barreiro explicou a aplicação da medida de coação de prisão preventiva a Jacinto com a crença de que existe perigo de fuga, de perturbação do inquérito e de continuação da atividade criminosa.

Jacinto está indiciado, entre outros, pela prática, em coautoria, de mais de 20 crimes de ameaça agravada, 12 crimes de ofensa à integridade, 20 crimes de sequestro e um crime de terrorismo.

O advogado, Paulo Camoesas, recusou-se a revelar o que Jacinto disse na audição com o juiz de instrução, nem nomes que ele tenha mencionado. Todavia, avançou que o seu cliente não foi questionado sobre possível envolvimento de Bruno de Carvalho. "O que ele referiu teve a ver com a sua real participação no decurso de tempo que decorre entre a véspera dos factos e o dia dos factos na Academia de Alcochete", referiu o advogado, em declarações aos jornalistas, à porta do Tribunal do Barreiro.

Camoesas atribuiu, em parte, o ataque à Academia a "alguma falta de cuidado" do Sporting em proteger os seus ativos, após o atribulado pós-jogo do Marítimo 2-1 Sporting, na véspera da invasão.

"Penso que as afirmações que foram feitas na altercação no aeroporto eram suficientes para indiciar que alguma coisa se iria passar. Não estou com isto a dizer que seria passível de considerar que iriam existir agressões mas foi dito a alto e bom som que os adeptos iriam à Academia de Alcochete", recordou o advogado de Bruno Jacinto.

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