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Greve dos enfermeiros já adiou centenas de cirurgias

10 out, 2018 - 12:11

É o primeiro balanço provisório do novo período de protesto dos enfermeiros, que param durante seis dias não consecutivos, afetando serviços diferentes.

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Centenas de cirurgias foram adiadas um pouco por todo o país nesta quarta-feira, na sequência da greve dos enfermeiros que, em alguns hospitais, está a ter uma adesão de 100%, segundo um balanço provisório do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

Abrantes, Chaves, Bragança, Tondela, Viseu, Lamego, Famalicão e Figueira da Foz são exemplos de hospitais onde a adesão à greve atingiu os 100%, segundo um primeiro balanço feito pelo presidente do SEP, José Carlos Martins.

À porta do Hospital de São José, em Lisboa, onde a adesão à greve às cirurgias de bloco e ambulatório está a ser superior a 80%, José Carlos Martins sublinhou que “ainda não existe um balanço fechado”, mas sim alguns números que demonstram o descontentamento dos enfermeiros.

Até ao momento, o SEP conta “centenas de cirurgias adiadas”, mas todas as cirurgias de urgência estão asseguradas pelos serviços mínimos.

De acordo com o responsável, no bloco operatório central de Hospital de Santa Maria, em Lisboa, que normalmente funciona com cerca de quatro dezenas de enfermeiros, apenas um profissional não aderiu à greve, esta quarta-feira.

Esta é o primeiro de seis dias de greve para exigir ao Governo que apresente uma nova proposta negocial da carreira de enfermagem que vá ao encontro das expectativas dos profissionais e dos compromissos assumidos pela tutela.

Com início às 8h00, a greve realiza-se hoje exclusivamente nos hospitais (blocos operatórios e cirurgia de ambulatório) e, na quinta-feira, em todas as instituições de saúde do setor público que tenham enfermeiros ao serviço.

A paralisação nacional repete-se nos dias 16, 17, 18 e 19 de outubro, dia em que está marcada uma manifestação em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, para exigir do Governo o cumprimento dos compromissos que assumiu mo processo negocial de 2017.

Os sindicatos exigem a revisão da carreira de enfermagem, a definição das condições de acesso às categorias, a grelha salarial, os princípios do sistema de avaliação do desempenho, do regime e organização do tempo de trabalho e as condições e critérios aplicáveis aos concursos.

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