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Lisboa é palco da primeira Feira de Desenho Contemporâneo

10 out, 2018 - 08:11 • Maria João Costa

A primeira edição do Drawing Room Lisboa reúne 50 artistas e 19 galerias. Arranca esta quarta-feira e decorre até domingo, na Sociedade Nacional de Belas Artes.

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Depois de três edições em Madrid, Portugal recebe pela primeira vez a "Drawing Room", a primeira Feira de Desenho Contemporâneo.

A Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa acolhe 19 galerias nacionais e internacionais. A inauguração é esta quarta-feira. A abertura ao público será na quinta-feira.

Até ao próximo domingo, a "Drawing Room" mostra a vitalidade da arte do desenho. O visitante poderá não só ver obras, como comprar desenhos e participar em debates.

A maioria das galerias são portuguesas. Segundo a directora artística, Maria do Mar Fazenda, foi "uma vontade da feira espanhola para vir aqui auscultar". "Há, de facto, muitos trabalhos de grande qualidade e houve um grande adesão da parte das galerias", diz em entrevista à Renascença.

Ao todo serão apresentados trabalhos de 50 artistas. Um deles é o português Pedro A. H. Paixão, que venceu este ano o primeiro Prémio Navigator Arte em Papel.

É da sua autoria o desenho que serve de cartaz à primeira edição da Feira do desenho contemporâneo. A vermelho vemos um peixe cheio de sonhos na barriga. Pedro A. H. Paixão vive em Itália e foi lá que encontrou inspiração para esta obra intitulada "The Migrant Dream".

"No lugar onde eu passo cerca de um mês, numa ilha mediterrânea, na última década tem havido este desastre enorme dos migrantes. Esse desenho nasce de pensar na situação e na condição das pessoas que chegam a estas ilhas e tentam entrar na Europa. Muitos destes migrantes morrem no mar, mas eles vêm cheios de sonhos para a Europa. E o desenho é como se fosse um peixe que transporta essas imaginações", conta à Renascença.

Para o artista português, o desenho é mais do que uma arte. "As crianças desenham sem arte. O desenho, para mim, é como se fosse um lugar onde a vida gráfica se torna possível, por isso comporta muitos lugares e por isso é que é especial e pode ser tão íntimo e tão imediato", afirma.

Pedro A. H. Paixão é um dos 50 artistas que participa nesta feira na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa. Está aberta durante quatro dias das 14h00 às 21h00, com exceção de domingo, cujo horário é das 12h00 às 18h00.

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