10 out, 2018 - 06:46
Os enfermeiros iniciam esta quarta-feira o primeiro de seis dias não consecutivos de greve que esta quarta-feira afeta exclusivamente os hospitais: blocos operatórios e cirurgia de ambulatório.
Amanhã, quinta-feira, a paralisação irá decorrer em todas as instituições de saúde do setor público que tenham enfermeiros ao serviço, segundo o pré-aviso de greve.
Repete-se depois na próxima semana, nos dias 16, 17, 18 e 19, dia para o qual está marcada uma manifestação em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa.
Esta greve dos enfermeiros tem como objetivo exigir ao Governo que apresente uma nova proposta negocial da carreira de enfermagem que vá ao encontro das expectativas e dos compromissos já assumidos pela tutela no processo negocial de 2017.
Tais compromissos foram assumidos “no protocolo negocial que visava precisamente determinar quais as matrizes e em que moldes iria ser feita a valorização da carreira de enfermagem”, esclarece a dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Guadalupe Simões, em declarações à agência Lusa.
Os sindicatos exigem a revisão da carreira de enfermagem, a definição das condições de acesso às categorias, a grelha salarial, os princípios do sistema de avaliação do desempenho, do regime e organização do tempo de trabalho e as condições e critérios aplicáveis aos concursos.
Reivindicam, entre outras matérias, que a Carreira Especial de Enfermagem seja aplicável a todas as instituições do setor público/SNS e a todos os enfermeiros que nelas exercem independentemente da tipologia do contrato e que sejam consagradas as condições de acesso à aposentação voluntária dos enfermeiros e com direito à pensão completa sejam os 35 anos de serviço e 57 de idade (base inicial para negociação).
Pela mesma razão, os enfermeiros cumpriram, em setembro, dois dias de greve nacional (nos dias 20 e 21) que tiveram, segundo os sindicatos, uma adesão de 80,4%.
A greve é convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), pelo Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira (SERAM), pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR) e pela Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE).