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Aeroporto do Montijo “não será ‘low cost’”, diz presidente executivo da ANA

09 out, 2018 - 14:59

Acessos de Lisboa ao aeroporto serão feitos através da Ponte Vasco da Gama e de barco, em apenas 15 minutos, diz Thierry Ligonnière.

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O novo aeroporto do Montijo não será ‘low cost’, mas de "qualidade fantástica de serviço" e dirigido a transportadoras com rotas “ponto a ponto”, ou seja, sem correspondências, indicou esta terça-feira o presidente executivo da ANA-Aeroportos de Portugal.

Na 6.ª conferência franco-portuguesa, que decorreu em Lisboa, num período de perguntas e respostas, Thierry Ligonnière recordou que o atual aeroporto, Humberto Delgado, vai manter o seu papel de 'hub' (plataforma de ligações aéreas), nomeadamente da TAP, enquanto a estrutura complementar prevista para o Montijo será para "ponto a ponto, para as companhias que o desejarem".

"A segregação não é no modelo económico. O Montijo será um modelo ponto a ponto e não 'low cost'. Terá uma qualidade fantástica de serviço e estará dedicado a companhias dedicadas a ponto a ponto", precisou.

À plateia, o responsável disse que ponto a ponto traduz uma viagem que tem Lisboa como destino final, sem pressupor correspondências para outros locais.

À questão sobre acessibilidades da nova estrutura para o centro da cidade, Thierry Ligonnière recordou que a escolha pelo Montijo, em detrimento de outros locais, levou em conta as distâncias e que muitas companhias aéreas fizeram saber que não queriam um aeroporto afastado da capital.

Para ligar Montijo a Lisboa estão previstos dois acessos principais, acrescentou o presidente da ANA, indicando o uso da ponte Vasco da Gama, onde haverá uma "saída específica e rápida" para o aeroporto.

O outro acesso será através do rio Tejo: uma "experiência bastante simpática para os turistas poderem chegar ao centro através de barco, num percurso muito rápido, de 15 minutos apenas".

Escusando-se a indicar, por agora, o investimento que a dona da ANA, a VINCI, fará no Montijo, a mesma fonte referiu "centenas de milhares de euros" e voltou a garantir que se mantém o calendário previsto, que aponta para a operação civil na atual base militar em 2022.

Na sua intervenção na conferência, Ligonnière voltou a mostrar a imagem do novo aeroporto e indicou a conceção prevista para permitir "circuitos curtos de circulação", até porque os aviões são rentáveis quando "estão a voar e não quando estão no solo".

O aeroporto irá privilegiar ainda a luminosidade e as tecnologias, acrescentou.

Comentários
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  • Miguel
    10 out, 2018 Lisboa 22:06
    Bem.. Não será low cost mas será para companhias ponto a ponto??? Não atirem areia para os olhos de quem tenta ver a fantochada que isto é! Quem é que voa a partir de Lisboa, ou mesmo da Europa num modelo ponto a ponto.. LOW COSTS!! Enfim..
  • Garrido
    09 out, 2018 Samoco 17:49
    É o que dá termos estrangeiros a mandar em Portugal. Nestes moldes, em que o novo aeroporto será o destino final dos voos, significa como dizia António Costa "poucochinho". É uma oportunidade perdida para termos um aeroporto internacional.

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