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Jornalista entrou no consulado saudita em Istambul e nunca mais foi visto

08 out, 2018 - 18:37

Fontes oficiais turcas acreditam que Jamal Khashoggi foi assassinado no interior da representação diplomática.

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As autoridades da Arábia Saudita têm que provar que o jornalista Jamal Khashoggi, que está desaparecido desde a semana passada, chegou a sair do consulado de Istambul, exigiu esta segunda-feira o Presidente turco, Tayyip Erdogan.

“Temos que chegar ao fim desta investigação o mais depressa possível. Os funcionários do consulado não se podem salvar, simplesmente, dizendo que ‘ele saiu’”, afirmou Erdogan, em declarações aos jornalistas, em Budapeste.

O Presidente Erdogan disse que está a acompanhar o caso, pessoalmente, e adiantou que as autoridades turcas não têm, neste momento, provas ou documentos sobre o caso.

Estas declarações acontecem no dia em que as autoridades turcas pediram para autorização para realizar buscas no consulado saudita, avança a estação de televisão NTV.

Fontes oficiais turcas disseram nos últimos dias à agência Reuters que acreditam que o jornalista saudita Jamal Khashoggi foi assassinado no interior da representação diplomática, em Istambul.

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita garante que o país está disponível para colaborar na investigação ao desaparecimento de Jamal Khashoggi.

Guterres está "muito preocupado"

As Nações Unidas referiam, esta segunda-feira, que o secretário-geral António Guterres está "muito preocupado" com o desaparecimento de Jamal Khashoggi e a violência contra outros jornalistas.

Stephane Dujarric, porta-voz da ONU, disse que o secretário-geral segue "de perto" o caso Khashoggi, e sublinhou que está a decorrer uma investigação em Istambul.

A presidente da Assembleia Geral, Maria Espinosa Garces, também se manifestou "muito preocupada" com o desaparecimento de Khashoggi, de acordo com a sua porta-voz, Monica Grayley.

Notícias avançadas pela imprensa internacional adiantam que uma equipa de 15 agentes sauditas chegaram à Turquia na semana passada para assassinar o ativista.

Jamal Khashoggi residia atualmente nos Estados Unidos e era colaborador do jornal “Washington Post”.

O jornalista deslocou-se ao consulado de Istambul para obter uma certidão, a confirmar que estava divorciado, para se poder casar com a sua noiva turca Hatice Cengiz.

[notícia atualizada às 21h58]

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