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​“Se não forem inventados novos produtos, economia não cresce”

08 out, 2018 - 16:15 • Cristina Nascimento

Economista da Universidade Nova de Lisboa comenta trabalho dos dois laureados com o Prémio Nobel da Economia.

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O especialista em macroeconomia e professor da Universidade Nova de Lisboa André Castro e Silva diz que não é obrigatório que o crescimento da economia continue a registar-se ao ritmo a que se assistiu nas últimas décadas.

“Nós habituamo-nos a um crescimento anual de 2%, em média, mesmo que nalguns momentos haja recessão ou crescimento mais alto. As pessoas esperam que a economia cresça. Mas não é algo que deva acontecer necessariamente assim. Se não forem inventados novos produtos, a economia não cresce”, explica Castro e Silva.

Em declarações à Renascença, este especialista olha para o trabalho dos dois laureados com o Prémio Nobel da Economia. William D. Nordhaus e Paul M. Romer foram distinguidos pelo trabalho nas áreas da inovação, clima e crescimento económico.

“Já se esperava que, nalgum ano, Paul Romer ganhasse o Prémio Nobel porque é muito influente sobre a investigação que relaciona criação de tecnologia com crescimento económico. Nordhaus também é uma pessoa conhecida, mas mais pelas formas de medir como é que as alterações feitas na economia, em especial no clima, mas também com a longevidade, afetam o bem-estar das pessoas”, diz.

Romer e Nordhaus desenvolveram trabalhos e métodos para projetar e analisar o crescimento económico sustentável a longo prazo, tendo em conta a inovação tecnológica e as alterações climáticas.

William D. Nordhaus e Paul M. Romer vão receber um prémio de 9 milhões de coroas suecas (cerca de 940 mil euros), a repartir pelos dois.

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