Tempo
|
A+ / A-

Professores avançam para tribunais e greve às avaliações

05 out, 2018 - 18:17

Cerca de 20 mil docentes manifestaram-se em Lisboa pela contagem total do tempo de serviço.

A+ / A-

As associações sindicais dos professores anunciaram na manifestação desta sexta-feira, em Lisboa, o reforço da luta pela contabilização do tempo de serviço.

A partir de 15 de outubro, os docentes vão avançar com greves às avaliações, reuniões pedagógicas a ações de formação fora do horário laboral.

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, anunciou que a luta pela contagem do tempo dos professores vai também prosseguir uma "via jurídica" e uma queixa à Organização Internacional do Trabalho, entre outros protestos.

Os anúncios foram feitos por Mário Nogueira frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa, no final de uma manifestação nacional de professores, em que participaram cerca de 20 mil docentes, de acordo com números fornecidos pela PSP.

O líder da Fenprof anunciou que as organizações sindicais de professores vão contestar o diploma aprovado pelo Governo em Conselho de Ministros na quinta-feira "nos tribunais, junto da Assembleia da República e do senhor Presidente da República" e com ações de protesto por tempo indeterminado.

Mário Nogueira anunciou que as organizações decidiram "recorrer à via jurídica, quer em representação coletiva e abstrata dos docentes, quer apoiando os que decidirem avançar a título individual", em tribunais nacionais, admitindo a hipótese de recorrem a instâncias europeias.

As organizações vão também "apresentar queixa contra o Governo português junto da OIT [Organização Internacional do Trabalho], da Internacional da Educação e da UNESCO por desrespeito por direitos laborais e profissionais dos docentes, incumprimento de compromisso e violação da lei da negociação e da lei do Orçamento do Estado de 2018".

Mário Nogueira anunciou ainda uma concentração nacional de professores e educadores frente à Assembleia da República, "para o dia em que o ministro da Educação ali se deslocar para debater o Orçamento do Estado para 2019 na especialidade, se não adoecer na véspera".

Mário Nogueira disse que, a partir de 15 de outubro, os professores vão cumprir o horário a que estão obrigados escrupulosamente, o que implica "iniciar uma greve nacional às reuniões para as quais os professores forem convocados", como "reuniões de avaliação intercalar dos alunos, caso a atividade letiva não seja interrompida para esse efeito", bem como reuniões de conselho pedagógico, conselho de departamento ou conselho de docentes.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • António dos Santos
    05 out, 2018 18:57
    Esta escumalha em vez de darem de qualidade, só sabem fazer greves e não trabalhar. Se não estão satisfeitos em "trabalhar" no ensino privado e aí é que vão ver o que é trabalhar. há a acrescentar que só 10% seriam aceites no privado, porque no privado querem qualidade e no público vai todo o lixo.

Destaques V+