05 out, 2018 - 15:31
O Presidente da República afirmou esta sexta-feira que Cristiano Ronaldo jamais deixará de ter um papel desportivo e nacional apesar de estar “envolvido na justiça” por alegada violação de uma mulher norte-americana.
“Eu não mudo de ideias quanto ao papel desportivo e nacional que alguém que hoje está envolvido na justiça teve na vida do nosso país. Isso existe e é uma realidade”, afirmou o chefe de Estado, referindo-se às queixas de uma norte-americana de que teria sido violada em 2009 por Cristiano Ronaldo.
Marcelo Rebelo de Sousa, que falava esta manhã aos jornalistas em Lisboa, durante as comemorações do 5 de outubro, pediu que se deixe que “a justiça seja feita” e que se aguarde pelo fim para “olhar para as conclusões”.
O jogador da Juventus, de 32 anos, é acusado por Kathryn Mayorga de violação em 13 de junho de 2009, durante uma festa num hotel de Las Vegas, no estado norte-americano do Nevada.
A polícia local anunciou na segunda-feira a reabertura da investigação, depois de Kathryn Mayorga, uma professora de 34 anos, ter apresentado queixa na semana passada, num tribunal do condado de Clarck, Las Vegas.
Kathryn Mayroga denunciou a presumível violação à polícia de Las Vegas em 2009 e foi submetida a exames médicos, mas, segundo as autoridades, recusou-se a identificar o alegado agressor – versão contrariada na quarta-feira por um dos seus advogados, Leslie Stovall, que garante que a sua cliente nomeou Cristiano Ronaldo.
Os advogados, que dizem não perceber por que parou a investigação, vão apresentar uma ação contra Ronaldo pelos crimes de violação sexual, tentativa de assédio sexual, coação para fraude, agressão a uma pessoa vulnerável, conspiração, difamação, abuso de processo, tentativa de silenciar o caso, tentativa de concretizar um acordo de não divulgação, negligência e violação de contrato.
Assim que for notificado, o internacional português da equipa italiana Juventus terá 20 dias para responder à queixa.