03 out, 2018 - 17:13 • Tiago Palma
Em janeiro, os residentes do estado norte-americano do Havai, no Pacífico, receberam uma mensagem alarmante nos telemóveis às primeira horas da manhã: o impacto de um míssil balístico no arquipélago era iminente, propondo-se aos havaianos a procura de um abrigo seguro.
Apesar da tensão que se vivia à época entre Washington e Pyongyang - o Havai é o estado norte-americano mais próximo da Coreia do Norte -, a ameaça não era verdadeira e o desmentido não tardaria. A explicação? O governador do Havai, David Ige, garantiu que se tratou do equivoco de um funcionário da Agência Estatal de Gestão de Emergências, que carregou no botão errado, enviando o alerta por engano.
Nos Estados Unidos, são bastante comuns as mensagens de alerta enviadas via telemóvel para os cidadãos. No entanto, estas apenas funcionam a nível estatal ou regional, sendo maioritariamente mensagens relacionadas com alertas climatéricos (como, por exemplo, a chegada de um furacão) e o desaparecimento ou rapto de um menor – vulgarmente conhecido como alerta “AMBER”.
Agora, e para evitar "equivocos" como o ocorrido no Havai, a Agência Federal de Gestão de Emergência, FEMA, prepara-se para testar já esta quarta-feira um alerta telemóvel a nível nacional, alerta que denominou como “Presidencial”. Não, não será redigido pelo próprio Donald Trump ao melhor estilo do Twiiter, embora o envio de uma mensagem desta ordem requeira sempre a autorização do inquilino da Sala Oval.
A FEMA acredita que este primeiro alerta chegará a perto de 225 milhões de americanos (três em cada quatro telemóveis receberão a mensagem de teste) em todos os estados.
Os alertas, quando enviados, vão ter sobretudo a intenção de alertar para uma emergêngia pública com gravidade, como um ataque terrorista ou a invasão do país. Ao contrário das enviadas a nível meramente estatal, estas notificações presidienciais não poderão ser desativadas.