Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Tancos. Ministro quebra silêncio para falar em “circunstâncias sensíveis”

02 out, 2018 - 11:17

Azeredo Lopes deu posse, esta terça-feira ao novo diretor-geral da Polícia Judiciária Militar, o capitão de mar e guerra Paulo Isabel.

A+ / A-

O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, falou, esta terça-feira, ao fim de uma semana em silêncio, sobre o caso do assalto a Tancos para dizer que o momento que se vive na Polícia Judiciária Militar (PJM) é "sensível".

“As circunstâncias de hoje são sensíveis e conhecidas de todos, não sendo necessário repisá-las”, afirmou Azeredo Lopes, durante a cerimónia de tomada de posse do novo diretor daquela polícia, comandante Paulo Isabel.

“Essas circunstâncias fazem com que o senhor diretor geral da Polícia Judiciária Militar cessante, o senhor coronel Luís Augusto Vieira, cuja presunção de inocência não se belisca, não disponha agora das condições factuais e de natureza objetiva para desempenhar as funções para as quais fora designado”, continuou o ministro.

Azeredo Lopes sublinhou, logo de seguida, o "empenho desinteressado" do coronel Marques Alexandre, diretor da Unidade de Investigação Criminal da PJM, que assumiu a direção da instituição quando o coronel Luís Vieira foi detido, no âmbito da investigação ao aparecimento do material de guerra furtado em Tancos.

Assegurada a normalidade

O comandante Paulo Isabel assumiu as novas funções em regime de substituição, mas com o ministro da Defesa a assinalar que está assegurada a "normalidade e a estabilidade" da instituição.

No breve discurso que fez após a tomada de posse, no salão nobre do Ministério da Defesa, o ministro defendeu o "valor" da Polícia Judiciária Militar e considerou que o novo diretor vai enfrentar "circunstâncias exigentes".

"Uma instituição que, enquanto tal, é um capital de valor. Uma instituição que, enquanto tal, dá, como sempre deu, o seu contributo para o património comum dos valores que fazem e asseguram um Estado de Direito", disse.

"Fá-lo, estou certo, com grande coragem e sentido de missão", acrescentou.

O despacho de nomeação do novo diretor da PJM refere que "se deu a vacatura do lugar" e que o capitão-de-mar-e-guerra Paulo Isabel "pela sua aptidão e experiência profissional tem o perfil pessoal e profissional para se alcançar os objetivos" pretendidos para aquela instituição policial, que funciona hierarquicamente na dependência do ministro da Defesa.

Dirigindo-se ao novo diretor da PJM, em funções a partir de hoje, Azeredo Lopes disse que "não se escamoteiam as circunstâncias exigentes" que o esperam.

Contudo, frisou, "não se abdica da esperança nem da determinação a que sempre incita um desafio, como outros que com muito mérito enfrentou ao longo da sua carreira militar".

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • 02 out, 2018 12:23
    Esta era a melhor oportunidade"que portugal tinha para se ver livre da policia judiciaria militar! Nao prestam rua!

Destaques V+