01 out, 2018 - 14:41
Os trabalhadores dos registos e notariado entraram esta segunda-feira em greve e por um período de três meses. A paralisação vai afetar, sobretudo, quem precisar de tratar do cartão de cidadão, do passaporte, de assuntos relativos ao registo predial e a nacionalidades.
A presidente do Sindicato Nacional dos Registos reconhece as dificuldades que a paralisação traz à população, mas defende que é preciso chamar a atenção para a falta de vontade política do Governo.
“Esta paralisação, que se verifica numa altura em que ainda não houve uma completa recuperação daquilo que foi a greve de agosto, é mais uma vez para chamar a atenção do problema da falta de vontade política da parte do Governo em esbater as abismais assimetrias salariais que se verificam atualmente entre conservatórias do interior e do litoral, entre conservatórias do registo predial e do registo civil”, afirma Beatriz Fernandes à Renascença.
“Hoje temos funcionários que, a trabalhar no mesmo serviço e no mesmo balcão, têm vencimentos muitas vezes diferentes para metade”, indica.
Beatriz Fernandes considera que “essa a diferença salarial não se justifica” e diz que decorre “de uma portaria que o nosso primeiro-ministro António Costa publicou e que deveria vigorar transitoriamente, mas que já dura há mais de 17 anos”.