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Papa lamenta tragédia na Indonésia

30 set, 2018 - 11:06 • Filipe d'Avillez

Na reflexão sobre o Evangelho, o Papa criticou a mentalidade dos que estão demasiado fechados sobre si mesmos ou sobre a sua comunidade, com medo da “concorrência” de outros que façam o bem.

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O Papa Francisco lamentou este domingo a tragédia que se está a viver na Indonésia, no seguimento do sismo tsunami de sexta-feira passada, que devastaram a ilha de Celebes.

Falando depois da oração o Angelus, esta manhã, em Roma, Francisco expressou a sua proximidade com as vítimas, que segundo a última atualização, ascendem já a mais de 800, com probabilidade de aumentar.

“Exprimo a minha proximidade à população da ilha de Celebes, na Indonésia, atingida por um forte marmoto. Rezo pelos mortos – muito numerosos – pelos feridos e por todos os que perderam a casa e o trabalho”, disse Francisco.

“Que o Senhor os console e sustenha as forças de todos os que se empenham a fazer chegar ajuda” ao local, conclui Francisco.

De seguida o Papa convidou os presentes a rezar uma Avé Maria pelas vítimas.

Antes da oração do Angelus, e como é habitual, Francisco refletiu sobre o Evangelho do dia, em que Jesus repreende os seus discípulos depois de estes dizerem que procuraram impedir um homem de fazer milagres em nome dele, porque não fazia parte do grupo de seguidores de Cristo.

“Devemos refletir sobre este episódio, e fazer um exame de consciência. A atitude dos discípulos de Jesus é muito humana, muito comum, e encontramo-la nas comunidades cristãs de todos os tempos, provavelmente até em nós.”

Esta atitude é uma forma de autorreferencialidade, diz Francisco, ou seja, a pessoa ou a comunidade centrar-se em si mesma, e não confiar em Deus.

“De boa fé, de facto, com zelo, gostaríamos de proteger a autenticidade de uma certa experiência, especialmente carismática, protegendo o fundador ou o líder de falsos imitadores. Mas ao mesmo tempo é como o medo da ‘concorrência’ – e isto é mau, este medo da concorrência – que alguém roube os nossos seguidores, e por isso não se aprecia o bem que os outros fazem.”

“Não se aceita porque ‘não é dos nossos’. Esta é uma forma de autorreferencialidade, tal como o proselitismo, e a Igreja, como já dizia o Papa Bento XVI, não cresce pelo proselitismo, cresce pelo testemunho”, conclui.

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