28 set, 2018 - 16:15 • Teresa Paula Costa
Dez por cento dos jovens portugueses que estão nas redes sociais partilham temas relacionados com a religião, indica um estudo divulgado esta sexta-feira, último dia das Jornadas de Comunicação Social, em Fátima, dedicadas ao digital e às aplicações móveis.
Portugal está mesmo no 3.º lugar dos “jovens interessados em religião” na Europa, empatado com a Lituânia e Malta, e apenas atrás da Itália e da Polónia.
O estudo elaborado pela rede Aleteia, que analisou 540 milhões de perfis no Facebook e Instagram, vai ser entregue no Sínodo dos Bispos sobre os Jovens, que começa na próxima semana, no Vaticano.
“Quando partilho um conteúdo religioso nas redes sociais eu estou a proclamar-me católico, e esse é um ato muito forte para um jovem”, afirma Jesus Colina, diretor editorial da Eleteia e autor do estudo.
Os dados apurados pelo estudo revelam que as redes sociais são, sobretudo, um lugar de encontro e de escuta e a Igreja tem que mudar de atitude, defende Jesus Colina.
“Os jovens necessitam de compreender que eu estou interessado por eles para que eles se interessem por mim. Trata-se de uma conversa, de um verdadeiro diálogo. Temos que mudar de atitude. Não vamos para as redes dizer porque é que os jovens estão mal, mas sim caminhar com eles na vida e escutá-los”, defende o diretor editorial da Eleteia.
Segundo este estudo, o Papa Francisco é a figura mais seguida no Twitter, enquanto o escritor Paulo Coelho e Dalai Lama são as personalidades cujas mensagens são mais mencionadas no Facebook.