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Infarmed. PSD diz que "credibilidade política" de António Costa está minada

26 set, 2018 - 15:40

Tema aqueceu o debate quinzenal. Primeiro-ministro admite que o processo da transferência do Infarmed foi mal conduzido e que, por vezes, "mais vale dar um passo atrás", remetendo o processo para a comissão técnica independente da descentralização.

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A "credibilidade política" do primeiro-ministro, António Costa, está minada por causa da suspensão da transferência do Infarmed para o Porto, acusou esta quarta-feira o líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, no debate quinzenal na Assembleia da República,

“Palavra dada palavra honrada só quando lhe dá jeito. Não honrou a sua palavra, isto mina a sua credibilidade como político. Faltou ou não a palavra aos portugueses?”, perguntou o deputado social-democrata.

O primeiro-ministro afirmou que não vai responder à questão pessoal, "porque lhe mandarei por escrito a razão porque não aceitou lições suas sobre a palavra", atirou.

Sobre a suspensão da transferência do Infarmed, António Costa admitiu que o processo foi mal conduzido e que, por vezes, "mais vale dar um passo atrás", remetendo o processo para a comissão técnica independente da descentralização.

“Em julho, a Assembleia da República aprovou a nova lei, que cria a comissão técnica independente para a descentralização. Esta nova lei pareceu ao Governo responsável que, em vez de persistir na teimosia de contra tudo e todos impor a todos a mudança do infarmed, aguardar os trabalhos da comissão, que tem calendário fixado para 31 de julho de 2019.”

O chefe do Governo salientou que, por sua vontade, "estava a dizer pela sexta vez que o Infarmed ia para o Porto".

Na réplica, Fernando Negrão atacou o primeiro-ministro: "Quando mais explica mais se enterra. É pior a emenda do que o soneto. Não coloque a comissão no caixote do lixo dos insucessos do Governo".

PSD quer "solução excecional" para ala pediátrica do S. João

O líder parlamentar do PSD trouxe depois para o debate a questão da construção da ala pediátrica do Hospital de S. João, que vai ser alvo de um concurso público internacional.

“Todo este processo tem sido conduzido com falta de respeito pelas crianças. Estamos perante situação excecional e as soluções devem ser excecionais. Porquê um concurso internacional e não revisão do projeto e avançar para ajuste direto?”, defendeu Negrão.

O primeiro-ministro respondeu que o próprio diretor do hospital disse que o projeto já tem dez anos, é obsoleto, e desafiou o PSD a apresentar um projeto de lei para fazer a obra por ajuste direto, sem visto do Tribunal de Contas.

Fernando Negrão anunciou que o PSD vai avançar "com um projeto de resolução nesse sentido". "Eu estarei ao lado do Governo a 100% se tiver coragem para fazer o que diz, o que tenho dúvidas".

“Nestes dois casos fica patente falta de competência na gestão de dois dossiês muito importantes. No Infarmed, revela que o primeiro-ministro faltou a palavra e não tem respeito pela sua palavra. O segundo da ala pediátrica do S. João revela que não tem sensibilidade social, estamos a falar de crianças que estão a ser tratadas de forma indigna”, acusa o deputado social-democrata.

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  • Haja vergonha
    26 set, 2018 Lisboa 17:36
    Meu Deus, que mal fizeram os Portugueses para terem que ser vítimas de tantos políticos inúteis. Ouvir o Sr. Negrão a acusar o Costa daquilo que acusou até dá vômitos. Qual é a credibilidade política do PSD depois da desgraçada governação "Além da troyca". Qual é credibilidade política de um partido que cada vez se vai tornando mais irrelevante devido a lutas internas de poder praticadas por gente que a única coisa que visa é prepetuar tachos. E que para poder manter esses tachos são capazes de vender a alma ao diabo, de quem gostam muito e que estão sempre a evocar. Tenham vergonha não façam deste povo um povo estúpido e façam por merecer o que custam ao país que tanto paga por tanta inutilidade. Com uma classe política decente este país poderia ser um dos mais ricos da Europa. Temos aquilo que os outros têm e tanta , tanta coisa boa que eles não têm. Como compensação temos muito mais que eles, corruptos e ladrões.

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