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Tancos. Emitidos oito mandados de detenção de elementos da PJ Militar e da GNR

25 set, 2018 - 11:59

Cinco das detenções terão sido já efetuadas. Entre os detidos estarão o diretor da Polícia Judiciária Militar e três elementos da GNR de Loulé. As suspeitas prendem-se com crimes de associação criminosa, tráfico de influência, abuso de poder e tráfico de armas, entre outros.

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O diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM), coronel Luís Augusto Vieira, e mais sete pessoas são alvo de mandados de detenção, no âmbito de uma investigação relacionada com o furto de armas de guerra em Tancos. De acordo com informação prestada à Renascença por fonte ligada ao processo, os oito mandados de detenção estão a ser executados esta terça-feira e são dirigidos a quatro elementos da PJM, três da GNR e um outro suspeito.

Até ao momento terão sido detidas cinco pessoas.

O "Correio da Manhã" escreve que o diretor da PJM foi detido, na sede daquela polícia, no Restelo, em Lisboa, por volta das 11h00.

A Renascença sabe que os três elementos da GNR envolvidos no caso pertencem ao núcleo de investigação criminal do Destacamento de Loulé.

Em comunicado enviado à Renascença, a Procuradoria-Geral da República confirma que esta terça-feira foram efetuadas diligências, na sequência das quais "foram efetuadas detenções". "Entre os detidos estão militares da Polícia Judiciária Militar e da Guarda Nacional Republicana e um outro suspeito", acrescenta a nota. Ao que a Renascença apurou, esta oitava pessoa será um civil, cuja identidade e actividade não foi ainda revelada.

Durante o inquérito "investigam-se as circunstâncias em que ocorreu o aparecimento, em 18 de outubro de 2017, na região da Chamusca, de material de guerra furtado em Tancos".

A PGR refere ainda que "em causa estão fatos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas".

Nesta operação "participaram cinco magistrados do Ministério Público e cerca de uma centena de investigadores e peritos da Polícia Judiciária".

A PGR confirma ainda que foram "realizadas buscas em vários locais nas zonas da Grande Lisboa, Algarve, Porto e Santarém" e que os detidos serão "presentes ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa para aplicação das medidas de coação".

O furto de material militar dos paióis de Tancos - instalação entretanto desativada - foi detetado em 28 de junho de 2017 durante uma ronda móvel. Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e grande quantidade de munições.

Em 18 de outubro passado, a Polícia Judiciária Militar recuperou, na zona da Chamusca, quase todo o material militar que tinha sido furtado da base de Tancos no final de junho, à exceção das munições de nove milímetros.

[notícia atualizada às 15h56]

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  • Bruno Cunha
    02 out, 2018 Lisbon, Portugal 12:47
    "em causa estão fatos suscetíveis de..." Fato de fatinho, terno? "cuja identidade e actividade não foi ainda revelada." Mas por outro lado escrevem actividade como deve ser? É uma pena que tenham enveredado pela ignorância no que diz respeito ao português
  • Filipe
    25 set, 2018 évora 12:43
    O exército e afins já nada hoje tem haver com o antes 25 Abril . Propositadamente o Estado tem-lhe tirado valor , enfraquecido recorre a carne humana a prazo , aqueles sem valor algum por lá passam , já não se faz carreira . Porque não fazem o mesmo com a PSP e GNR ? Contratos a prazo certo . Não sei o que diria Salazar ao ver hoje umas forças armadas que brincam aos gatunos , onde já tiveram 3 frentes guerra e cederam aos comunistas de joelhos . Em outro tempo já tínhamos os canhões apontados à Assembleia da República , mas já não os tem no sítio , estão fracos . Recorram aos Escuteiros e segurança privada para guardar as instalações e participarem em missões de paz .

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