Tempo
|
A+ / A-

Tragédia no IC8. Vítimas tiveram morte quase imediata

24 set, 2018 - 12:19

Trânsito esteve impedido de circular várias horas, mas já está normalizado. Um dos veículos envolvidos no acidente tinha sido fiscalizado por uma "operação stop" cerca de "20 a 30 minutos" antes do acidente.

A+ / A-

As seis vítimas mortais do acidente que esta segunda-feira envolveu duas viaturas de mercadorias no Itinerário Complementar (IC) 8 em São João da Ribeira, Pombal, tiveram morte quase imediata, disse o comandante dos Bombeiros.

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Pombal, Paulo Albano, disse que quando os primeiros meios chegaram ao local algumas vítimas já não tinham sinais vitais.

"Logo que os primeiros meios chegaram ao local, perceberam que dificilmente iriam conseguir retirar alguém com vida. Os que se conseguiram de imediato avaliar já estavam em paragem cardiorrespiratória. E não encontrámos ninguém com sinais vitais", revelou Paulo Albano, ao salientar que a principal preocupação foi de "imediato tentar perceber se havia alguém com vida e conseguir criar espaço para fazer essa avaliação".

Paulo Albano explicou que desde que os bombeiros chegaram ao local que tinham a certeza que seriam seis vítimas, embora tenha havido a informação de oito pessoas, número avançado "na chamada inicial".

"Mas só depois do desencarceramento e de criarmos acessos às vítimas é que confirmamos as seis vítimas", acrescentou.

O trânsito no IC8 esteve encerrado nos dois sentidos durante várias horas, mas foi reaberto antes das 13h00.

O comandante do Destacamento de Trânsito de Leiria da GNR, Daniel de Matos, afirmou à Lusa que um dos veículos envolvidos no acidente tinha sido fiscalizado por uma operação Stop da GNR, cerca de "20 a 30 minutos" antes, não tendo sido detetado "nada de grave".

O tenente Daniel de Matos adiantou ainda que as vítimas são seis homens, seguindo quatro na viatura no sentido Pombal-Figueira e as restantes no sentido contrário.

As causas do acidente vão ser investigadas pelo Núcleo de Investigação da GNR, que apenas avança o que foi constatado no local: a viatura que seguia no sentido Pombal-Figueira da Foz entrou na faixa de rodagem contrária e colidiu de frente com o outro veículo ligeiro de mercadorias, tendo-o arrastado cerca de 12 metros.

Os veículos, segundo a GNR, pertenciam a duas empresas, uma de construção civil e outra de pavimentos, do concelho de Pombal.

Paulo Albano informou ainda que os trabalhos de desencarceramento foram demorados, uma vez que o embate "provocou deformação em ambos os veículos" e "todo o habitáculo dos passageiros foi destruído".

Paulo Albano informou ainda que no local estiveram os Bombeiros Voluntários de Pombal, com dois veículos de desencarceramento, duas ambulâncias, um veículo de combates a incêndios urbanos e um veículo de comando.

Presentes na ocorrência estiveram também duas ambulâncias dos bombeiros de Soure, "que acabaram por ser desmobilizadas", e as ambulâncias do INEM e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação.

Fonte do INEM disse à Lusa que os meios de apoio médico das unidades do Centro e do Porto foram para o local para apoio psicológico aos familiares.

[notícia atualizada às 13h25]

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Filipe
    24 set, 2018 évora 13:35
    Desde o início do ano imagine-se a quantidade de mortos nas estradas Portuguesas , mas ninguém repara nem agita bandeiras . Mas está provado que a situação é semelhante aos incêndios , explicando ; Deixou abruptamente de haver prevenção nas estradas , se existe , mandam parar os mesmos de sempre e nos mesmos locais de sempre , até dizem onde estão os radares de velocidade . As forças de segurança , preocupam-se hoje em manter as fardas limpas , sem apanharem Sol e Chuva e de preferência subir as escadarias da Assembleia para manterem a prestação do BMW ou Mercedes comprado na família , querem lá saber dos acidentes em Portugal , aparecem depois muitos para fornecerem dados corruptos nas seguradoras e funerárias , pois até se ouve dizer que nada percebem , tem apenas uma farda . Nos anos 80 eram menos e com menos recursos , mas andavam mais nas estradas , as mesmas o que aumentou foi as auto estradas e mesmo assim sabendo eles dos pontos negros nas estradas , não estão lá , estão a mandar parar gente que nunca teve acidentes e em zonas de nunca houve acidentes . A prevenção de acidentes e a fiscalização não existe em Portugal , não se admirem que os mortos aumentem para valores parecidos à Guerra de África um dia , mas na guerra já se agita bandeiras contra , porque não parar esta matança em Portugal ?

Destaques V+