Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Venezuela responde a Portugal que “impera o Estado de Direito"

23 set, 2018 - 00:59

Ministro venezuelano garante a MNE que respeita comunidade lusa no país.

A+ / A-

O Governo venezuelano respondeu ao Executivo português que valoriza os portugueses na Venezuela, mas salienta que ali impera o Estado de Direito e a Justiça, depois de Lisboa manifestar "preocupação" pela detenção de empresários portugueses.

"O Governo Bolivariano da Venezuela partilha com o Governo de Portugal o alto valor da comunidade portuguesa no nosso país. São mais de 400 mil luso-venezuelanos honestos, trabalhadores, muito apreciados e respeitados pelo povo da Venezuela", escreveu o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jorge Arreaza, numa mensagem no Twitter.

Numa outra mensagem, apontou que Portugal sabe do "tratamento especial e diferente" que o Governo venezuelano "ofereceu sempre à comunidade portuguesa" e que "ações individuais ou de um pequeno grupo de empresários jamais ofuscará o brilho e qualidades de tão querida comunidade", numa referência à detenção de mais de três dezenas de gerentes de duas cadeias de supermercados portugueses naquele país.

"Na Venezuela impera o Estado de Direito e de Justiça. As suas instituições investigam qualquer delito que se cometa, sem se preocupar com a origem ou procedência dos suspeitos, garantindo sempre o devido processo e acesso à Justiça", adianta o governante.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português chamou o embaixador da Venezuela em Portugal, Lucas Rincón Romero, para lhe transmitir a "grande preocupação" do executivo português com a situação dos detidos, entre os quais se encontram mais de três dezenas de cidadãos nacionais ou luso-descendentes.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, informou na sexta-feira que mais de três dezenas de gerentes de supermercados tinham sido detidos por violarem a lei, acusados de esconderem produtos aos clientes e alterarem os preços, a meio do programa de recuperação económica que implementaram contra a crise que afeta aquele país sul-americano.

O Chefe de Estado Português, Marcelo Rebelo de Sousa, já se pronunciou e publicou uma nota na página oficial da Presidência portuguesa, em que manifestou a sua "extrema preocupação" pelas detenções de portugueses e luso-descendentes e assegurou que está a acompanhar "a posição e as diligências promovidas pelo Governo português".

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas diz que estão a ser feitas "todas as diligências" para apoiar a defesa dos portugueses detidos na Venezuela, 10 de 34 gerentes de supermercados presos.

A grave crise económica, política e social que afeta a Venezuela está a provocar que muitos portugueses e luso-descendentes regressem a Portugal, ao mesmo tempo que cidadãos venezuelanos estão a refugiar-se em países vizinhos.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • João Lopes
    23 set, 2018 Viseu 11:05
    Venezuela, salienta que ali impera o Estado de Direito e a Justiça? Os comunistas portugueses do PCP e do BE, e os marxistas do PS, nunca tiveram uma palavra de repúdio pelo que se passa na Venezuela onde um povo sem liberdade está a ser escravizado e mantido à fome por um regime comunista e totalitário, "dirigido" por Maduro: inculto e louco!
  • Fortes
    23 set, 2018 Figueira 07:50
    Nada melhor que uma anedota para começar o dia. Impera o quê? Num Estado onde impera o que quer que seja será sempre uma ditadura. Estou a ver que de tão Maduro vai cair de podre! Os portugueses que ponham os olhos no exemplo democrático da Venezuela e nas próximas eleições se quiserem um Estado igual, já sabem, votem na esqierdalha! Por falar no diabo, o que tem a dizer o kamarada Jerónimo e a kamarada Catarina?

Destaques V+