22 set, 2018 - 09:56
Um grupo de homens armados atacou um desfile militar na cidade iraniana de de Ahvaz (oeste), este sábado. Pelo menos 24 pessoas morreram, segundo a Tasnim, a agência de notícias semi-oficial iraniana.
Já a televisão estatal iraniana avança que cerca de 30 pessoas ficaram feridas.
O mesmo órgão de comunicação social descreveu os atacantes como "Takifiri", um termo antes usado para descrever o grupo extremista Estado Islâmico.
O auto-proclamado Estado Islâmico acabou mesmo por reivindicar o ataque. Numa publicação da rede de mensagens Telegram, a agência Amaq, porta-voz do grupo islâmico, disse que os “suicidas do Estado Islâmico” perpetuaram o ataque.
O ataque matou pelo menos oito membros da Guarda Revolucionária, grupo de elite do país, informaram os media locais.
As vítimas assistiam e participavam numa parada militar realizada por ocasião da Semana da Sagrada Defesa, que assinala a guerra entre o Irão e o Iraque (1980-1988).
"Terroristas recrutados, treinados e pagos por um regime estrangeiro atacaram Ahvaz [...]. O Irão considera que os patrocinadores regionais do terrorismo e os seus mestres norte-americanos são responsáveis pelos ataques", escreve o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, na sua conta no Twitter.
"O Irão reagirá rapidamente e firmemente para defender as vidas iranianas", acrescenta o ministro.
O Irão é um dos aliados dos regime sírio, que tem atacado as estruturas do Estado Islâmico no leste da Síria.
[notícia atualizada às 14h35]