Fernando Santos: "Portugal entrou com os dois pés, porque só com o direito pode cair"

Fernando Santos considerou que a vitória de Portugal sobre a Itália foi merecida e assumiu ambição de chegar à "final four" da Liga das Nações.

"Sabia que se puséssemos velocidade no jogo [os italianos] iam ter dificuldades. Estivemos muito bem na primeira parte com exceção dos últimos dez minutos. O resultado ao intervalo era injusto, Portugal devia estar a vencer. Ao intervalo, disse aos jogadores para manterem o ritmo. Entrámos bem na segunda parte. No final, a Itália cresceu mas isso é normal", analisou o selecionador nacional, em declarações à RTP.

Fernando Santos compreende a quebra de ritmo no final da partida, já que "jogar sempre a ritmo elevado não é fácil". Em declarações à Sport TV, o selecionador evidenciou que "há alguma falta de experiência" da parte da equipa portuguesa, mas que isso "faz parte do crescimento". De qualquer forma, não teve dúvidas: "Portugal foi um justo vencedor".

Na Liga das Nações, Portugal vai "jogo a jogo", sem esquecer que um torneio com três equipas "é muito difícil". O primeiro objetivo é chegar à "final four". Fernando Santos rejeitou, em tom de brincadeira, que a seleção nacional tenha entrado na prova com o pé direito: "Portugal entra com os dois pés, porque se entrar só com o direito pode cair".

Confiança em Ronaldo e nos "coitadinhos"

Já em conferência de imprensa, Fernando Santos rejeitou a ideia de que a seleção seja mais forte sem Cristiano Ronaldo:

"Nenhuma equipa fica mais forte sem o melhor do mundo. Ficaremos sempre mais fortes com ele. Não estava, foi uma opção e acho que estes jogadores que foram chamados aproveitaram muito bem a sua chamada, sabendo da confiança que tenho neles. Isso é bom para o futebol português, porque vão crescendo. O futebol português fica mais forte".

Com "nota artística" ou não, o selecionador vincou que "o que prevalece é a eficácia". Sobre a Liga das Nações, o "Engenheiro" evocou a eliminação nos oitavos de final do Mundial 2018, aos pés do Uruguai.

"Há um mês, não íamos ganhar mais nada, éramos uns coitadinhos. Agora, já podemos ganhar tudo. Vamos jogo a jogo", sublinhou.