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Évora

“Não é a Igreja que faz a missão, é a missão que faz a Igreja”

10 set, 2018 - 18:31 • Rosário Silva

D. Francisco Senra Coelho e o restante clero da arquidiocese de Évora reuniram-se para preparar o ano pastoral 2018/2019. A criação de um departamento para as missões é uma das propostas em cima da mesa.

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O arcebispo de Évora presidiu, esta segunda-feira, à reunião geral do clero. Na arquidiocese prepara-se o ano pastoral 2018/2019, com o tema “Discípulos missionários”.

“A Igreja está a sugerir que nos dediquemos de alma e coração a uma cultura missionária, numa dinâmica transversal de uma igreja que sente que, para ser igreja têm de ser missionária”, alude D. Francisco Senra Coelho.

Para o prelado, que presidiu ao encontro pela primeira vez desde que tomou posse a 2 de setembro, “não é a Igreja que faz a missão, é a missão que faz a Igreja”, alertando para “o desejo” de concretizar um “projeto que têm de coalhar em compromissos”.

Nesta jornada, onde esteve presente a maioria do clero diocesano e dos diáconos permanentes, D. Francisco pediu atenção “aos pormenores” nomeadamente no que se refere à iniciação cristã, apostando nos adolescentes e jovens para fazer face aos “grandes desafios da pedagogia, numa cultura de mobilidade”.

O prelado defende, ainda, a “preparação dos agentes de pastoral” que atuam nesta área e “têm muitas dificuldades perante as novas mentalidades, o novo ambiente, numa sociedade marcada pela informação e por esta dimensão de mobilidade”.

No encontro, que decorreu no seminário maior de Évora, foi reforçada a importância das visitas pastorais, que na diocese são tradição há muitos anos, e que o novo arcebispo quer manter “em ambiente missionário”, precisamente neste ano missionário convocado para toda a Igreja portuguesa, em resposta ao desafio lançado pelo Papa Francisco.

As visitas pastorais não são “iniciativa só do bispo, têm de ser da diocese”, sublinhou D. Francisco Senra Coelho para contextualizar a proposta que está contida no novo plano pastoral e que prevê a criação de “um departamento das missões” com a finalidade de “preocupar-se com esta organização e com toda esta dinâmica”, acrescentou.

“Faço votos que num diálogo, em rede e de mãos dadas, aconteça a proposta missionária e que possamos assistir a amadurecimentos eclesiais”, rematou o prelado.

No arranque dos trabalhos para este novo Ano Pastoral, a reunião geral do clero contou com o contributo do padre Tony Neves, até há pouco tempo provincial dos Missionários do Espírito Santo, em Portugal. Depois de 24 anos no país, o sacerdote missionário abraça um novo desafio na congregação: vai coordenar o serviço Justiça, Paz e integridade da Criação dos espiritanos.

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