Nova fase nas buscas por inglês desaparecido há 10 dias em barragem alentejana

Ao décimo dia, as buscas pelo cidadão inglês desaparecido na barragem alentejana de Santa Clara, entraram numa nova fase.

A operação coordenada pela Proteção Civil tem agora uma nova estratégia e menos meios envolvidos.

Os números são elucidativos, da prioridade que tem sido dada a este caso. Incluindo os meios que esta quarta-feira estão ao serviço, esta ocorrência já envolveu um total de 284 operacionais, 173 viaturas e cinco embarcações.

No terreno, coordenados pelo Comando Distrital de Beja da Proteção Civil, têm estado meios de várias corporações de bombeiros, do INEM, da GNR, da Força Especial de Bombeiros, do Instituto de Conservação da Natureza e até da autarquia de Ourique.

A dimensão das operações, bem como as dificuldades que têm sido encontradas, ficam igualmente claras nos registos de socorro aos próprios operacionais: um total de 10 feridos ligeiros, seis bombeiros e quatro militares da GNR.

Em quase todos os casos, os ferimentos tiveram origem nos mergulhos que as autoridades têm realizado na albufeira da barragem de Santa Clara.

As condições não são as ideais para este tipo de buscas, uma vez que há zonas onde a profundidade chega aos 32 metros – já sem qualquer visibilidade aos 16 metros -, mas também porque, entre outros obstáculos, existe arvoredo submerso.

Até ao final do dia de terça-feira, a operação desenrolava-se com uma média diária de 50 operacionais que cumpriram o chamado plano de água, efetuando mergulhos em diversas zonas da albufeira.

A partir desta quarta-feira, os meios diminuíram para cerca de metade e as buscas passaram a fazer-se, sobretudo, com o acompanhamento da superfície e das margens, optando-se agora por mergulhos mais pontuais e só quando houver pistas concretas.

O cidadão inglês, de 29 anos, desapareceu nas águas da barragem de Santa Clara no passado dia 20 de agosto.

O homem estava de férias numa herdade de um outro britânico, na freguesia de Santana da Serra, concelho de Ourique. Na tarde do acidente fazia parte de um grupo de quatro pessoas que seguia numa boia puxada por uma embarcação de recreio.

A boia virou-se, mas apenas três pessoas vieram à superfície e foram resgatadas pela embarcação.