28 ago, 2018 - 14:17 • Rui Barros
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou esta terça-feira o popular motor de pesquisa Google de manipular os resultados de pesquisa de forma a apresentar conteúdos negativos sobre si.
Numa publicação na rede social Twitter, Donald Trump denunciou o alegado enviesamento do motor de pesquisa, classificando a situação como “muito séria”, prometendo que a sua administração abordará a questão.
“Os resultados para a pesquisa “Trump News” (notícias Trump) mostra apenas a visão dos Fake News Media. Por outras palavras, estes resultados sobre estão MANIPULADOS, em relação a mim a outros, para que quase todas as notícias sejam MÁS. A falsa CNN é proeminente. Os média republicanos/conservadores e justos são excluídos. Isto é ilegal”, argumenta o Presidente norte-americano.
Mas este não foi o único ‘tweet’ que o presidente dedicou ao assunto. Numa segunda publicação, Trump argumenta ainda que os 96% dos resultados para esta pesquisa vêm daquilo que apelida de “média da esquerda nacional”, acrescentando ainda que o problema não se resume ao Google, mas a outras plataformas na internet.
Esta não é, aliás, a primeira vez que Donald Trump ataca alguns dos gigantes de Silicon Valley. Ainda no passado dia 24 de agosto, o Presidente reagiu à suspensão de várias contas no Facebook e no Twitter, acusando estas plataformas de estarem a “silenciar pessoas”.
Uma questão de algoritmos
Os resultados da pesquisa que aparecem quando um utilizador pesquisa algo são decididos por um algoritmo complexo que combina inúmeros factores, alguns dos quais apenas conhecidos pela própria empresa. Para além de especificações mais técnicas, como a velocidade do site, o resultado é também personalizado, com os dados de navegação prévia e a o histórico de pesquisas a influenciar o resultado obtido.
Esse mesmo facto é realçado pela empresa-mãe da Google, a Alphabet, que, em comunicado, refuta a acusação do líder norte-americano, dizendo que os resultados das pesquisas "não são usados para definir agenda política" e que, por isso, os resultados nunca são distorcidos.
"Continuamos a trabalhar para melhorar a pesquisa do Google, mas nunca manipulamos os resultados das pesquisas", reforçou a empresa, desmentindo Donald Trump.
[Notícia atualizada às 15h57 com a resposta da Google a Donald Trump]