17 ago, 2018 - 08:22
Uma menina de três anos é, por estes dias, notícia na Grã-Bretanha. Isto, porque obteve 171 pontos no teste para aferir o quociente de inteligência. São mais 11 pontos do que Albert Eintein ou Stephen Hawking.
Para se ter uma ideia, o resultado da média da população é 100. Ophelia tornou-se assim a pessoa mais nova de sempre a ter lugar na sociedade de sobredotados Mensa, que apenas admite pontuações acima de 132.
Tinha apenas dois anos quando começou a dizer todo o alfabeto de cor. Mas foi aos oito meses que a mãe começou a desconfiar que a filha poderia ser diferente das outras crianças, quando começou a pronunciar palavras mais cedo do que é habitual.
A confirmação das capacidades extraordinárias de Ophelia, a primeira filha de Natalie e Ben, chegou quando a criança entrou no infantário e começou a destacar-se dos seus pares. Os pais decidiram, então, testar as capacidades da filha – pretendiam assim saber, com a ajuda de especialistas, como ajudá-la.
“Nem a queríamos pressionar nem fazê-la sentir pouco estimulada”, afirma o pai, trabalhador na área da informática (apoio técnico).
Apesar dos seus dotes, Ophelia é uma “menina de três anos como as outras”, diz a mãe à BBC. O que mais gosta de fazer é “correr, brincar com os primos e saltar em colchões”.
Acontece que também adora aprender e experimentar coisas novas: “É como falar com alguém de 19 anos”, explica o pai, Ben. “Ela sabe conversar e acrescenta ideias. Parece perceber as coisas muito mais depressa e lembra-se de tudo”, acrescenta.
“Começam às 5h da manhã e só param quando vão dormir”
São assim as crianças sobredotadas, segundo a psicóloga do Mensa britânico Lyn Kendall.
Estas crianças conseguem processar a informação muito rapidamente, têm boa memória e estão mais atentas ao que se passa em seu redor. Além disso, têm imensa vontade de aprender – e nem sempre os pais conseguem acompanhá-las.
Diz Lyn Kendall que, quando os pais vão à consulta, queixam-se de “os seus filhos não pararem de fazer perguntas e quererem estar sempre a aprender”.
“Estas crianças começam às cinco da manhã e só param quando vão dormir”, diz a psicóloga à BBC.
Para os pais, pode ser uma situação também difícil de gerir na relação com os outros encarregados de educação, dado que a partilha de feitos ou preocupações “pode soar a vanglorização”.