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"O setor não vai ficar quieto". Taxistas convocam protesto para setembro

02 ago, 2018 - 12:49

As duas principais associações representativas dos táxis reuniram-se esta quinta-feira para analisarem a promulgação da lei que valida as chamadas plataformas de transporte, como Uber e Cabify.

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As associações de taxistas anunciaram esta quinta-feira que, a 11 de setembro, vão dar início a uma manifestação por tempo indeterminado, em Lisboa, contra a promulgação pelo Presidente da República do diploma que legaliza as plataformas eletrónicas de transporte como a Uber e a Cabify.

A decisão foi tomada durante uma reunião entre o presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), Florêncio Almeida, e o presidente da Federação Portuguesa do Táxi (FPT), Carlos Ramos, que decorreu na manhã de hoje sede da ANTRAL, em Lisboa.

Já se esperava que o regresso aos protestos fosse a decisão resultante deste encontro, um que começou às 11h e que foi marcada após Marcelo Rebelo de Sousa ter promulgado o diploma que regula a atividade das plataformas de transportes.

À Renascença, Florêncio Almeida tinha garantido esta manhã que "tudo pode vir a acontecer", porque "o setor não vai ficar quieto". "Temos de mostrar o nosso desagrado perante as autoridades", sublinha o presidente da ANTRAL.

Em conferência de imprensa após a reunião, o presidente da ANTRAL disse que as associações vão pedir, com caráter de urgência, “se possível para amanhã [sexta-feira]”, uma reunião com o Presidente da República para que possa “pessoalmente” explicar as razões da promulgação deste diploma.

O parlamento aprovou, a 12 de julho, uma segunda versão da lei - após o veto presidencial - para as plataformas eletrónicas de transporte, com os votos a favor do PS, PSD e PAN, e com os votos contra do BE, PCP e Os Verdes. O CDS-PP foi a única bancada parlamentar a abster-se na votação do diploma.

[Notícia atualizada às 14h50]

Comentários
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  • Cidadao
    03 ago, 2018 Lisboa 19:41
    Aqui só cheira a : "não queremos concorrência, queremos ser únicos, sem as chatices de ter carros em bom estado, limpos, e motoristas que dão mil voltas antes de rumar ao destino e que tresandam a alcool e sovaquinho, com conversas abrutalhadas que não interessam a ninguém". E caso repitam a cegada de bloqueios, ou outra do género, é necessário ter reboques em quantidade suficiente e legislação que permita apreensão de viaturas e cassação de alvarás, até tribunais se pronunciarem.

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