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Para Macron, "o futuro da Europa joga-se nos próximos cinco anos"

27 jul, 2018 - 14:28

Destino da União Europeia vai começar a decidir-se nas eleições europeias de maio de 2019.

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O Presidente de França defendeu esta sexta-feira, numa visita a Lisboa e ao lado do primeiro-ministro português, que os próximos cinco anos serão determinantes para definir o futuro da União Europeia.

Na Fundação Gulbenkian para falar sobre os desafios que o bloco europeu enfrenta, Emmanuel Macron sublinhou que a crise que atravessamos atualmente é, sobretudo, uma crise de eficácia por falta de convergência, decorrente da crise financeira mundial.

"Ao olhar para esta Europa, vejo que está construída sobre um tríptico algo inédito - a democracia e o respeito pelas liberdades individuais, a economia social de mercado e o progresso para os nossos povos, nomeadamente para as classes médias", destacou Macron. "É este o compromisso político, económico e social da Europa, mas este tríptico está, de alguma forma, prejudicado desde o início do milénio, porque temos vindo a viver uma crise à medida do capitalismo mundial que fez com que fosse cada vez mais desigual e que nos fez esquecer um pouco a nossa economia social de mercado pelo fascínio por uma economia sobremundializada, sobrefinanciada, e isto afetou os nossos equilíbrios económicos e sociais."

No mesmo evento, Macron sublinhou ao lado de António Costa que as próximas eleições europeias, marcadas para o final de maio de 2019, vão representar uma oportunidade decisiva para superar os populismos que crescem na Europa.

Ao lado do Presidente francês, o primeiro-ministro português defendeu que a UE deve aprovar um Orçamento comunitário que seja compatível com os objetivos das lideranças europeias, para que possam ir de encontro às expectativas dos cidadãos.

"A Europa não pode querer ter mais defesa, mais segurança interna, mais inovação e termos menos recursos para a União Europeia. Como costumam dizer os liberais, não podemos prometer demais e cumprir de menos. A resposta que estamos a dar aos liberais é que, se queremos cumprir aquilo que prometemos aos europeus, temos de pôr no Orçamento da Europa o que a Europa necessita para cumprir aquilo que tem de cumprir para com os cidadãos europeus.

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