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Conselho de Finanças Públicas

Há mais probabilidade de Portugal voltar à recessão do que de ganhar dinheiro numa raspadinha

25 jul, 2018 - 11:59 • Sandra Afonso

De acordo com o Conselho de Finanças Públicas, as contas públicas estão ameaçadas pela carga fiscal, o aumento da despesa, passivos potenciais e a dívida pública.

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Um relatório do Conselho das Finanças Públicas avança que a probabilidade de uma recessão é, grosso modo, de um para dois. No espaço de cinco anos, há 55% de possibilidades de a economia cair em recessão ou de cair 15% num qualquer ano.

Se olharmos para as inscrições dadas nas raspadinhas, a melhor probabilidade é um para cinco, ou seja, uma em cada cinco raspadinhas tem dinheiro.

O relatório, intitulado “Riscos Orçamentais e Sustentabilidade das Finanças Públicas”, aponta a questão da receita como área de risco. O organismo liderado por Teodora Cardoso diz que os governos estão dependentes do aumento da carga fiscal para financiarem os buracos orçamentais. A solução tem sido subir impostos, mesmo quando não é aconselhável.

Só desde 2014 é que a carga fiscal estabilizou e está agora abaixo da média europeia, mas é uma folga aparente, países que concorrem com Portugal têm uma carga fiscal menor. Por outro lado, há menos famílias e empresas a pagarem impostos, o que promove a fuga para países com fiscalidade mais atrativa.

A despesa, que até 2010 cresceu a um ritmo maior do que a riqueza, só estabilizou com a crise. 75% da despesa primária são salários e prestações sociais, é uma despesa rígida, com custos políticos significativos e muito afetada pela demografia.

Outro risco são os passivos potenciais. Em Portugal representam 76,5% do PIB, muito acima da média europeia que é de 41%. Ainda assim, nos últimos anos registou-se uma redução, com a passagem a despesa efetiva de contingências associadas ao apoio à banca, que representaram mais de 8% do PIB.

A dívida pública, analisados vários cenários, deverá descer para 106% até 2022 e, em 2033, deverá estar abaixo dos 95%.

Comentários
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  • ZEUS
    25 jul, 2018 lisboa 16:55
    Nos comentários da net são cada vez mais as vozes com a mesma opinião.Caberá á EU e governo estar á altura das circunstancias e não deixar acontecer.Eu rezo.
  • Filipe
    25 jul, 2018 évora 15:25
    Cerca de 600 créditos por dia para comprar automóvel novo que por milagre até tem desconto inicial do que uma pessoa com dinheiro a pronto pagamento nem já consegue , esquecendo depois no fim o valor residual que pedem ... onde depois vão a ele ?

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