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Há 764,2 mil pessoas a ganhar o salário mínimo em Portugal

25 jul, 2018 - 00:22

​Número de trabalhadores a receber salário mínimo aumentou 4,2%, em março.

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O número de trabalhadores abrangidos pelo salário mínimo nacional (SMN) aumentou para cerca de 764,2 mil em março, mais 4,2% face a igual período do ano passado, avançou esta terça-feira o Ministério do Trabalho.

Há mais pessoas a ganhar o SMN, mas a percentagem total mantém-se em relação ao período homólogo porque também há mais trabalhadores a auferir salários superiores.

"Ainda que o número de trabalhadores abrangidos pelo SMN tenha aumentado para cerca de 764,2 mil em março de 2018 [com um acréscimo de 4,2% em termos homólogos], a percentagem de trabalhadores abrangidos pelo SMN foi de 22,9% em março deste ano, sem alteração face ao mesmo mês do ano passado", disse, em comunicado, o Ministério.

De acordo com o Relatório de Acompanhamento do Acordo sobre a Retribuição Mínima Mensal Garantida, no período de referência, por grupo etário, a incidência do SMN nos jovens fixou-se em 30%, em comparação com os 30,6% registados em março de 2017.

Por sua vez, entre os trabalhadores dos 25 aos 29 anos, a incidência recuou de 24% em março de 2017 para 23,6% em março de 2018, e nos adultos (que representam 82% dos trabalhadores com remuneração declarada) registou-se um ligeiro aumento, passando de 22,1% para 22,2%.

"Em termos globais, as remunerações declaradas à Segurança Social tiveram um aumento nominal de 1,9% em março de 2018", lê-se no documento.

Segundo o ministério, a análise "das trajetórias salariais dos trabalhadores", empregados entre outubro de 2016 e outubro de 2017, revela "aumentos salariais nominais" na ordem dos 4%, que avançam para cerca de 8% no caso dos trabalhadores que mudaram de posto de trabalho.

Por seu turno, no que se refere à variação salarial dos trabalhadores que se mantiveram no mesmo posto de trabalho no período em causa, revelou aumentos em todos os escalões, "com especial incidência nos escalões mais baixos".

"Na ordem dos 6% nos escalões de remuneração mais baixos, entre os 530 euros e os 600 euros, superiores a 3% nos escalões intermédios, dos 600 euros aos 1.800 euros, e mais moderados nos escalões melhor remunerados, acima de 2% no escalão dos 1.800 euros aos 2.500 euros e acima de 1% no escalão acima de 2.500 euros", indicou o Ministério do Trabalho.

Com base nas declarações de remuneração à Segurança Social, o ministério liderado por Vieira da Silva revelou ainda que o crescimento do emprego continua a situar-se em mais de 4% em termos homólogos, ultrapassando os 10% no segmento dos jovens.

O emprego cresceu 10,1% nos jovens com menos de 25 anos, 5,6% nas pessoas com idades entre os 25 e 30 anos e 4% no segmento com mais de 30 anos.

"Dos 146,4 mil empregos criados no primeiro trimestre deste ano, apenas 36,9 mil apresentam remuneração permanente igual ao SMN, traduzindo um contributo de 25,2% do emprego com remuneração igual à RMMG [Retribuição Mínima mensal garantida] para o crescimento global do emprego (contra os 73,9% de contributo para o crescimento global no mesmo período de 2017)", apontou.

O Ministério do Trabalho entregou hoje aos parceiros sociais o 9.º Relatório de Acompanhamento do Acordo sobre a Retribuição Mínima Mensal Garantida, relativo ao primeiro trimestre de 2018.

Comentários
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  • Anónimo
    25 jul, 2018 14:37
    O comentador António tem razão. É tanto que exigem para dar emprego que não conheço um único patrão em condições de ser empregado.
  • António dos Santos
    25 jul, 2018 11:45
    Esta situação, revela a escumalha, que é a classe empresarial em Portugal. Os empresários portugueses, só sabem chular os trabalhadores, roubar as próprias empresas e enganar o fisco.

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