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CDS critica “cativações Centeno” e a “austeridade da bomba de gasolina”

13 jul, 2018 - 11:04

“Vejo que ficou cativo no ano 2016 e não deu conta que 2018 foi o ano recorde das descativações orçamentais”, respondeu António Costa ao deputado Nuno Magalhães.

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O deputado do CDS Nuno Magalhães critica as "cativações Centeno" que, segundo o deputado centrista, ameaçam a vida do Serviço Nacional de Saúde.

“Se não puser um travão às cativações Centeno, arrisca-se a ficar para a história como o carrasco do SNS”, disse durante o debato do Estado da Nação, dirigindo-se diretamente a António Costa.

Nuno Magalhães deu ainda dez exemplos de situações complicadas na saúde.

Depois do setor da saúde, Nuno Magalhães aludiu ainda à "austeridade da bomba de gasolina", criticando a carga fiscal dos combustíveis

António Costa respondeu depois ao CDS. “Vejo que ficou cativo no ano 2016 e não deu conta que 2018 foi o ano recorde das descativações orçamentais”, disse. Sobre os combustíveis, Costa lembrou que foi este Governo que criou o gasóleo profissional e que tem estado a reduzir a taxação do setor.

Sobre o setor da saúde em particular, o primeiro-ministro insistiu em dados da saúde que já havia mencionado na sua intervenção inicial, como o aumento de cirurgias, mais 19 mil, ou a diminuição do número de portugueses sem médico de família, que, declarou, passou de 14 para 7%.

Para o CDS, hoje discute-se "o estado de uma nação cativa das cativações de Mário Centeno e da austeridade cada vez mais mal disfarçada desta maioria" e um "Governo que me vez de governar, governa-se, em vez de decidir adia, em vez de resolver os problemas dos portugueses, vai tentando resolver os seus problemas".

Nuno Magalhães defendeu que Portugal é hoje "uma nação que vive numa dupla austeridade, e sem 'troika', onde se cobra taxas e taxinhas e que tem a maior carga fiscal desde que há registo, 34, 7% do PIB, 67 mil milhões de euros em impostos e contribuições sociais só no ano passado".

"Uma nação com cativações que encerram transportes, fecha escolas porque não há auxiliares, adia exames porque não há professores, fecha esquadras para ter o mínimo de polícias na rua e que, na saúde, vive uma situação de verdadeira rutura, em que o estado da nação do seu Governo é um estado de negação", defendeu.

O primeiro-ministro ironizou falando da "extraordinária conversão do CDS" ao investimento público, disse que há três anos o que movia os centristas era o medo do "socratismo" despesista e sublinhou que é o crescimento económico e, sobretudo, o aumento do emprego, que explicam a maior arrecadação fiscal e de contribuições para a Segurança Social.

"Os novos 300 mil postos de trabalho significam um aumento muito significativo de contribuições para a Segurança Social e é isso também que explica o aumento da carga fiscal. Há uma maior base contributiva, há mais pessoas empregadas e isso é um bom sinal", sustentou.

"Ou prefere que haja mais desempregados e menor carga fiscal?", questionou o primeiro-ministro.

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