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Eleições Sporting

Carlos Vieira candidata-se e não tem "espaço" para Bruno de Carvalho

12 jul, 2018 - 18:09

Até há bem pouco tempo "vice" do destituído presidente dos leões, Carlos Vieira está também à espera da decisão quanto à suspensão preventiva de que foi alvo. Carlos Vieira anuncia que trabalhará com Peseiro se for eleito a 8 de setembro.

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Carlos Vieira apresentou, esta quinta-feira, a candidatura à presidência do Sporting, distanciando-se de forma drástica e definitiva da figura de Bruno de Carvalho mas anunciando que o projeto da Direção recentemente destituída, da qual fazia parte como vice-presidente, é para continuar.

Sob o lema "Sporting Primeiro", o até há bem pouco tempo "homem forte" das finanças leoninas, assegura que será candidato a presidente do clube de Alvalade e, sempre e quando vença as eleições de 8 de setembro, assumirá a liderança da SAD.

"Nesta [candidatura, Bruno de Carvalho] não tem espaço. Candidato-me a presidente do Sporting e a presidente da SAD. Neste momento, não há ponto de diálogo ou contacto com a candidatura de Bruno de Carvalho. No nosso entender, é a continuação do projeto", assegurou Carlos Vieira, numa apresentação feita na antiga sede do Sporting, em pleno centro de Lisboa.

Ora, mas como é que o candidato pretende convencer os sócios verde e brancos da "descolagem" de Bruno de Carvalho, de quem era "braço direito"?

"Vou me dar a conhecer mais. Temos tempo. As pessoas vão perceber as diferenças, os méritos de um grupo que trabalhou de forma afincada e coesa até ao fim. Fui leal ao Sporting, utilizando o lema que anda aí [lema da candidatura de Bruno de Carvalho]. E o Sporting tem de estar em primeiro lugar. Temos de trabalhar na formação dos jovens, ganhar competições. As pessoas vão começar a perceber as diferenças", prometeu.

"Suspensão preventiva choca-me"

A realidade, porém, é que o ex-"vice" do Sporting está, à semelhança de Bruno de Carvalho, sob processo disciplinar e pode mesmo ser impedido de ir avante com a candidatura. Algo que "choca" Carlos Vieira.

"É legítimo esperar que não seja suspenso. Eu próprio tirarei as ilações devidas dessa decisão. Incomoda-me estar nesta situação de perda de cidadania sportinguista. Mas com diálogo poderemos chegar a conclusões. Incomoda-me estar suspenso preventivamente. Choca-me", salientou.

Convidado a explicar quais as razões que o levaram a "cair" juntamente com Bruno de Carvalho, Carlos Vieira foi direto à questão da responsabilidade.

"Estive com o projeto Sporting. Respeito as instituições. Tínhamos um mandato. Cumpri-o até ao momento em que os sócios não quiseram mais", argumentou.

E José Peseiro?

O tema do treinador também não escapou no momento da conferência de imprensa, após a apresentação do manifesto de candidatura. E Carlos Vieira deixa entender que, para primeiro impacto, se chegar a presidente do Sporting, vai manter José Peseiro.

"A maior parte dos campeonatos vão estar em funcionamento. Há um respeito pelos funcionários e por colaboradores. Quando entrarmos, haveremos de trabalhar com as pessoas que cá estão", afirmou.

Carlos Vieira será o sexto candidato confirmado à presidência, depois de Frederico Varandas, Fernando Tavares Pereira, Pedro Madeira Rodrigues, Dias Ferreira e Bruno de Carvalho.

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  • Zita
    13 jul, 2018 lisboa 07:33
    Não se pode dizer que a ideia é brilhante, não se pode dizer que é uma ideia ou "tática" nova, mas é de facto revelador de alguma esperteza, se não vejamos toda a gente sabe que Bruno de Carvalho detém cerca de 28% dos votos dos sócios de Sporting, o número de candidatos não pára de aumentar logo, os votos vão dividir-se, certo? Ora, façamos contas, se houver 5, 6, 7 candidatos e se dividirem os votos por todos talvez o único que tem condições para obter um maior número de votos, e, que já provou que mesmo numa situação muito complicada conseguiu obter os tais 28%, dificilmente outro candidato obterá a mesma percentagem, isto é apenas uma questão de contas. Os sportinguistas têm aqui uma valente dor de cabeça! Esta é só uma dedução lógica e uma situação que não é nova. Assim sendo, não restam dúvidas do que é que vai acontecer, mais do mesmo. Talvez isto seja mesmo uma estratégia, velha, mas uma estratégia, dividir para reinar.

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