Tempo
|
A+ / A-

Comissão técnica vai calcular custo da reivindicação dos professores

11 jul, 2018 - 19:47

Reunião entre sindicatos e Governo termina sem acordo. Ministérios da Educação e Finanças vão criar uma comissão técnica para calcular custo da contagem total do tempo de serviço dos professores.

A+ / A-

A reunião desta quarta-feira entre Ministério da Educação e sindicatos dos professores terminou sem acordo sobre a reposição do tempo de serviço, mas vai ser criada uma comissão técnica para calcular o custo da medida.

Mário Nogueira, dirigente da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), disse no final do encontro que a tutela está disponível para voltar à mesa das negociações, mas não disse que aceita os nove anos, quatro meses e dois dias, como reivindicam os docentes.

Os sindicatos também estão disponíveis para dialogar, mas Mário Nogueira garante que não aceita nem um dia a menos.

“Nós nunca nos poremos fora de qualquer reunião negocial, porque os professores merecem ser representados na negociação, mas temos um mandato que é claro: os professores não aceitam que a negociação do tempo que trabalharam e que a lei já diz que deve ser recuperado, esteja agora a ser renegociado.”

Mário Nogueira anunciou que vai ser criada uma comissão técnica, entre os ministérios da Educação e das Finanças e os sindicatos, para apurar, ao certo, quanto é que custa a contagem total do tempo de serviço dos professores.

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, reafirmou, por seu lado, os limites orçamentais do Governo: “Com os números que temos em cima da mesa, sabemos que a reconstituição da carreira tem vicissitudes financeiras impossíveis de comportar. É importante termos os números para podermos partir para uma negociação que queremos que faça caminho”.

Quanto à greve às avaliações, marcada até sexta-feira, vai terminar nesse dia.

O grupo de dez associações sindicais considera que a greve teve uma adesão elevada, mostrou a luta dos professores ao Governo e não quer enfraquecer esse sinal.

Os sindicatos vão marcar vários protestos para o início do ano letivo. Dia 17 de setembro, primeiro dia de aulas, haverá uma ação de informação para explicar à população o que está em causa nesta luta dos docentes.

Nesse dia serão convocados plenários em todas as escolas. Por essa razão, não deverá haver aulas no primeiro dia de escola.

[notícia atualizada às 22h10]

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Tudo como antes...
    12 jul, 2018 Abrantes 09:31
    Ou seja " tudo como antes, Quartel-general em Abrantes". Uma comissão para estudar impactos financeiros, depois de termos sido bombardeados diariamente com "custa 600 milhões", "é incomportável", " o País não pode", etc, etc. Afinal esses 600 milhões foram um numero que atiraram para o ar? Acho que a única coisa que esta luta trouxe, foi a certeza que a Maioria Absoluta do PS... Bye-Bye. No resto ficou tudo na mesma. Aguarda-se a avalanche de legislação para em futuras greves como esta, os efeitos serem minorados "legalmente"...

Destaques V+