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Peixes mortos em “quantidade significativa” em praias de Alcochete

11 jul, 2018 - 19:25

O Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e a Agência Portuguesa do Ambiente estão a investigar o incidente.

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Uma "quantidade significativa" de peixes mortos apareceu nas praias dos Moinhos e do Samouco, em Alcochete, no distrito de Setúbal, o que acontece pela segunda vez este ano, informa o município.

"Apareceram peixes mortos em quantidade muito significativa na praia dos Moinhos, em Alcochete, e em menor quantidade na praia do Samouco", explicou à Lusa o presidente da autarquia, Fernando Pinto.

O autarca acrescentou que "no início do ano aconteceu a mesma coisa", apesar de ter sido em quantidades menores.

Além dos peixes mortos, Fernando Pinto destacou o surgimento de "espumas muito pouco habituais" nas praias do concelho.

Apesar de ainda não estarem apuradas as causas, o presidente afirmou que, "de acordo com testemunhos não oficiais", pode atribuir-se a uma alegada "descarga a norte do rio Tejo".

Para apurar as causas desta mortandade dos peixes, a autarquia alertou o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e a Agência Portuguesa do Ambiente.

Fernando Pinto sublinhou que estuário do Tejo está em fase de recuperação, pelo que este tipo de tipo de acontecimentos "são sempre motivo de preocupação".

A poluição do Tejo tem sido este ano alvo de várias denúncias por parte de associações ambientalistas, que criticam as descargas de diferentes unidades industriais.

O Governo aprovou este mês, em Conselho de Ministros, o Plano de Ação Tejo Limpo, para aprofundar o conhecimento da situação real da bacia hidrográfica do rio de forma a evitar episódios de poluição no futuro.

O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, explicou que o plano, que representa um investimento de 2,5 milhões de euros, é a terceira fase de um plano que tem vindo a ser levado a cabo desde o início do ano, depois do "fenómeno agudo de poluição" registado em 24 de janeiro no rio Tejo e de "muitos outros que o antecederam".

De acordo com o ministro, depois da primeira fase, que foi de "estancar e resolver os problemas de poluição e passar novas licenças às entidades potencialmente poluentes para garantir uma maior qualidade no tratamento dos efluentes", inicia-se agora a terceira fase.

A segunda fase, indicou, é aquela que "ainda está em curso, com a remoção das lamas no Tejo em frente a Vila Velha de Ródão".

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