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Dia 3 na Tailândia. Recomeça o resgate dos quatro jovens e do treinador

10 jul, 2018 - 06:35

Uma equipa de 19 mergulhadores voltou a entrar na gruta. Chuvas fortes estão a marcar o início das operações.

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Foram retomadas, esta terça-feira, as operações de resgate na gruta de Thuam Luang, no norte do país, para retirar os últimos jovens e o treinador.

O comandante da missão de socorro está confiante de que este será o terceiro e último dia das operações de resgate. “Esperamos que os quatro rapazes, o treinador, o doutor e os três elementos da marinha saiam hoje”, disse Narongsak Osotthanakorn aos jornalistas no local. “Os cinco que vão ser retirados ao mesmo tempo”, acrescentou.

Por volta das 4h00, hora portuguesa, uma equipa de 19 mergulhadores voltou a entrar na gruta, onde se encontram também um médico e três elementos da Marinha tailandesa que têm estado junto dos adolescentes e do treinador praticamente desde que foram encontrados.

No domingo foram salvas quatro crianças, na segunda-feira outras tantas, e hoje a prioridade definida pelas autoridades aponta para o mesmo número de extrações da gruta, ficando o treinador, que foi monge budista durante uma década, para a última tentativa de resgate.

As chuvas fortes estão a marcar o início do dia. Este era o cenário que as autoridades tailandesas receavam, colocando mais pressão ainda na missão dos mergulhadores, uma vez que continuam a chegar informações sobre a descida na percentagem de oxigénio no ar no complexo subterrâneo, que se estende por quatro quilómetros, com água a atingir o teto em algumas secções.

Rapazes resgatados “estão bem de saúde” e com fome

Os oito rapazes que já foram resgatados da gruta estão bem de saúde, conscientes, sem febre e a falar normalmente, garantiram os médicos em conferência de imprensa esta terça-feira.

Dos quatro primeiros resgatados, suspeita-se que dois deles tenham infeções nos pulmões, mas todos já caminham no quarto. Têm mostrado apetite e, para já, foram dadas comidas de digestão fácil, embora alguns já tenham pedido por pão com chocolate.

É expectável que os jovens permaneçam no hospital durante uma semana, pois têm o sistema imunitário fraco.

Para já todos estão em quarentena, até que os médicos consigam determinar se contraíram alguma doença infecciosa durante o tempo em que estiveram na gruta. Os familiares dos quatro primeiros rapazes a ser resgatados já puderam vê-los através de uma janela de vidro.

O primeiro-ministro da Tailândia, Prayut Chan-O-Cha, que se deslocou à zona da gruta na segunda-feira, já visitou os oito rapazes no hospital.

Tecnologia de Elon Musk não ajuda

As inovações de Elon Musk que podem ajudar no resgate tailandês
As inovações de Elon Musk que podem ajudar no resgate tailandês

O comandante da missão de resgate descartou de forma politicamente correta as tentativas de Elon Musk para ajudar a missão. Nos últimos dias, o empresário tecnológico tem publicado no Twitter vários vídeos e informações sobre o pequeno submarino que estaria a projetar e a construir para supostamente ajudar os rapazes a sair em segurança.

“Embora a sua tecnologia seja boa e sofisticada, não é prática para esta missão”, disse Narongsak Osatanakorn, o chefe das operações de resgate, aos jornalistas.

Na segunda-feira, Elon Musk anunciou que tinha levado um pequeno submarino para a Tailândia feito com peças de foguetão e que foi apelidado de “Wild Boar”, em homenagem à equipa de futebol dos rapazes, que tem o mesmo nome. Musk terá deixado o submarino no local das operações para o caso de ser útil no futuro. Nessa altura, já quatro rapazes tinham sido resgatados.

A equipa de futebol ficou encurralada quando foi explorar a gruta depois de um jogo, no dia 23 de junho.

Na altura, as inundações resultantes das monções bloquearam-lhes a saída e impediram que as equipas de resgate os encontrassem durante nove dias, uma vez que o acesso ao local só é possível via mergulho através de túneis escuros e estreitos, cheios de água turva e correntes fortes.

O local onde os jovens ficaram presos situa-se a cerca de quatro quilómetros da entrada da gruta, num complexo de túneis com zonas muito estreitas e alagadas pelas chuvas da monção que afetam a zona, o que obriga a que parte do percurso tenha de ser feito debaixo de água e sem visibilidade.

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