05 jul, 2018 - 10:52
Um grupo de voluntários, que não estava registado para ajudar nas operações, terá voltado a bombear água para a gruta onde estão encurraladas as 12 crianças tailandesas, esta quinta-feira de manhã. Um erro que pode atrasar as tentativas de resgate do grupo que está preso há mais de dez dias.
A notícia é avançada pelo "Bangkok Post", que cita o comandante de operações, Narongsak Osotthanakorn. “Se calhar eles acreditavam que a técnica que estavam a utilizar era eficaz para drenar a água, mas qualquer coisa que não esteja nos planos deve ser discutida connosco primeiro”, disse ao jornal tailandês.
Uma luta contra a água
A principal preocupação das autoridades é a chuva, que se deve intensificar nos próximos dias. “Estamos numa corrida contra a água”, diz Narongsak Osotthanakorn.
As equipas de resgate ainda não decidiram quando nem como vão retirar os rapazes e o treinador da gruta. Uma das possibilidades que está a ser ponderada é o grupo permanecer na gruta até ao fim da época das monções, o que pode demorar cerca de quatro meses.
Outros especialistas dizem que as crianças podem sair dentro de poucos dias, caso o tempo esteja favorável e se consiga retirar da gruta água suficiente para permitir aos rapazes saírem da mesma forma que entraram, ou seja, a pé, pelo meio da lama e, provavelmente, a nado nalgumas partes do percursos.
A terceira opção passa por ensinar os rapazes a usar o equipamento de mergulho e fazê-los mergulhar nos túneis inundados, pelo mesmo trajeto feito pelas equipas de resgate para chegar até ao grupo.
“Aprender a mergulhar é fácil, mas este não é um mergulho normal”, diz Rafael Aroush, um dos voluntários registados para ajudar nas operações de resgate à agência Reuters.
Rafael, de 53 anos, já esteve na gruta há 25 anos e descreve a dificuldade em nadar no interior deste complexo. “É muito estreito. A maneira como os mergulhadores trabalham aqui não é igual à forma normal de mergulhar. A visibilidade é muito má. É um mergulho às cegas”, conta.
As equipas de resgate tentam também instalar uma linha de comunicação entre os meninos e os pais, para manter a moral do grupo. Um aparelho de comunicação já foi levado para dentro da gruta, mas caiu na água e a linha ficou danificada.