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D. António Marto

"Oxalá Deus o chame a ser Papa"

27 jun, 2018 - 14:03 • Olímpia Mairos

A população de Tronco está orgulhosa e feliz com o facto de o menino "Toninho" ter chegado a cardeal. Os mais velhos lembram-se bem da criança "traquina, simples e humilde" que, da sua varanda, fazia sermões enquanto as mulheres escolhiam as batatas nos palheiros.

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D. António Marto, que esta quinta-feira é feito cardeal, nasceu em Tronco, aldeia do concelho de Chaves, onde o anúncio da escolha do Papa foi recebido com muito agrado. Até há quem acredite que, um dia, o bispo de Leiria-Fátima vai chegar a Papa.

No centro da aldeia, sentadas em bancos de pedra, Celeste, Ermesinda e Olga descansam à sombra, enquanto conversam com entusiasmo sobre o feito que é para a aldeia ter um cardeal. “O nosso Toninho merece, merece mesmo muito”, diz Celeste Rosa, de 80 anos.

Aluna da mãe de D. António Marto, Celeste fez a escola primária na casa dos pais do bispo de Leiria-Fátima. Sim, “naquele tempo, a professora dava escola em casa e nós, os alunos, íamos para lá”, conta à Renascença.

A casa da família Marto fica mesmo no cimo da aldeia, com a frente virada à rua Pio Alves e à Rua das Fragas. Foi aqui que Maria Celeste conheceu o “menino Toninho”, a quem sempre tratou por “você”, porque “era o filho da senhora professora e do senhor guarda-fiscal”.

O pai de D. António Marto era de Vimioso, distrito de Bragança, e a mãe de Parada do Pinhão, em Sabrosa. Encontraram-se na aldeia de Tronco. Conheceram-se, casaram e aqui ficaram. O casal teve quatro filhos. Os dois primeiros morreram crianças, ficaram Maria Celeste e António.

“Era um bom rapaz, tinha a sua ‘rebeldice’ quando era pequenino, como os outros, mas era muito simples e simpático. Jogava à malha, à bola, andava aí pela rua, dava-se bem com todos”, recorda Celeste Rosa entre sorrisos.

Ermesinda dos Santos, de 79 anos, entra na conversa e lembra os tempos em que “o menino Toninho ia para casa de umas vizinhas e tirava as batatas que estavam a cozer na caldeira, descascava e comia”. “A mãe até se envergonhava por ter boas comidas em casa e ele preferir essas coisas simples.”

Toninho, o menino que fazia sermões da varanda

“Sempre foi um rapaz muito simples, não há nada a apontar-lhe”, atalha Celeste, recordando os tempos em que “o menino Toninho, amigo do senhor padre Daniel, se punha nas varandas lá de casa a fazer sermões, enquanto as mulheres escolhiam as batatas nos palheiros”.

Foi por isso que Celeste não ficou admirada quando António Marto foi para o seminário ou quando se ordenou sacerdote. Da mesma maneira que também não ficou admirada quando soube que o Papa Francisco o tinha nomeado cardeal. “Quando soube, disse para mim: ‘Ai! Graças a Deus’. E pensei: 'Ainda vamos ter aqui em Tronco, oxalá que sim, um Papa'. Eu pensei, não disse a ninguém.”

Celeste Rosa nutre uma verdadeira admiração pelo novo cardeal e tece-lhe rasgados elogios. “Oxalá Deus o chame a ser Papa, porque tem prática para isso e as palavras dele são doces, a gente fica comovida”, exclama de mãos postas em atitude orante.

“Quando vem por aí, gosta muito das pessoas, fala com todos, convive com as pessoas. Ele é mesmo prático. É muito simples. Nem parece estar no lugar que está, porque as pessoas, ao se agarrarem com um bocadinho mais de poder… Mas ele é o mesmo, cumprimenta as pessoas, como naquela época que nos criámos uns com os outros”, conta.

Celeste jamais esquecerá o presente que o filho da terra e bispo de Leiria-Fátima lhe deu, assim como a todos os conterrâneos, quando, há cerca de dois anos, foram em excursão à Cova da Iria. “No fim da missa veio ter connosco e deu a cada um a sua prendinha. Eu tenho-a lá em casa, na mesinha de cabeceira, é um Coração de Jesus. Uma prendinha por nos aconchegarmos a ele e ele a nós. Ficou todo contente e todo satisfeito e nós adoramos aquilo.”

Celeste gostava muito de ir a Roma, mas diz que já está “velha” para isso. “Se fosse mais nova, pode ter a certeza que ia para ver o Toninho… Bem, a gente já nem sabe chamar-lhe, mas nós, até ali, era só Toninho, Toninho, mas agora a gente até se envergonha de lhe chamar Toninho. Agora o Toninho já acabou, já é mais elevado. Agora já se lhe chama senhor bispo, D. Toninho, essas coisas mais elevadas”, partilha a rir.

Como não pode ir à festa, deixa o desejo: “Que lhe corra tudo tão bem, só como ele deseja. E eu também desejo e peço a Deus que lhe dê um bom destino, até ao fim da vida dele.”

As memórias de Olga dos Anjos, de 60 anos, levam-na aos seus tempos de criança. Da casa dos seus avós via a casa dos pais de D. António Marto. Recorda-se bem do jovem Toninho que, “quando vinha à terra, porque já andava no seminário, falava com toda a gente”. “Quando foi para padre ficámos muito contentes. E agora que vai ser cardeal, ainda mais contentes ficamos. É um orgulho muito grande.”

Sempre que há celebrações em Fátima, presididas por D. António Marto e transmitidas pela rádio ou pela televisão, Olga faz questão de acompanhar. “Gosto muito das homilias que faz. É muito concreto. Encontro-lhe muita graça quando, nas saudações finais, se dirige às crianças e lhes chama ‘meus amiguitos, minhas amiguitas’. Isto diz muito da pessoa que é”, assevera com orgulho.

Entretanto chega Pedro Gomes, de 46 anos, e entra também na conversa para dizer prontamente, também cheio de orgulho, que “é um prestígio muito grande ter alguém da terra com um cargo tão elevado na Igreja Católica".

"É bom não só para esta região, que ele conhece bem, mas também a nível nacional”, diz Pedro, enaltecendo as “qualidades de simplicidade e de afeto” do prelado. “É uma pessoa próxima e amiga do seu amigo. Penso que é dos poucos que tem à vontade para falar com as pessoas, que não tem preconceitos nem se considera superior e isso é excelente.”

“Homem de um coração do tamanho do mundo. Um mar de agrado para toda a gente”

Deixamos o grupo a conversar e descemos a rua. Paramos em casa de Maria Reis, de 64 anos. É aqui que D. António Marto vem com regularidade. São amigos de infância. A mãe de Maria trabalhou 40 anos em casa dos pais do novo cardeal e foi lá que se conheceram.

“Desde a minha infância que lido com ele. Ele ia para Roma, estudava e vinha cá, sempre em contacto, também através da irmã e da mãe, porque lidava muito com eles. Para mim e para a minha família é uma pessoa muito especial”, conta à Renascença. “Eu e a minha mãe cuidávamos-lhe da roupa, lavávamos-lhe a roupa, a ele e à família toda. Eu lavei-lhe a roupa 16 anos e a minha mãe também lavou noutros tempos.”

Maria Reis descreve o bispo de Leiria-Fátima como “um homem de um coração do tamanho do mundo”, “um ser maravilhoso, muito bom, muito coerente, muito humano”.

À aldeia natal, Tronco, D. António vem pelo menos três vezes por ano e, sempre que isso acontece, uma das paragens obrigatórias é a casa de Maria, onde “está muito à vontade, não faz cerimónias e não quer etiquetas”.

“É uma pessoa de extrema simplicidade. Falamos de tudo… Ele gosta muito que lhe contem as coisas do passado, de quando ele era rapaz”, confidencia a amiga de infância, certa de que o novo cardeal “não vai mudar, porque o ser dele é esse: simples, próximo e muito amigo”. “Quando chega aqui, diz: 'Então, como vai a tua vida? E como vai a tua Igreja?' Eu também sou de Igreja. Depois pergunto-lhe pela dele e ele lá conta… É um amor de pessoa”, conclui.

Maria trata o amigo por D. António, mas diz que “ele não quer que lhe chame D. António, ele quer ser tratado por Toninho e, muitas vezes, pergunta-me: ‘Porque não me chamas Toninho?’”. Em Tronco, D. António Marto continua a ser o Toninho, embora as pessoas, por respeito, já não o tratem dessa forma.

“Às vezes até digo à irmã: ‘Quando se lhe chama Toninho, fica tão ‘crencho’, fica todo contente’.” Uma das características que mais sobressai em D. António Marto, conta Maria Reis, é a simplicidade. “Foi por ser simples que foi escolhido.” Contudo, acrescenta, “a vocação já nasceu com ele. Apesar de os pais desejarem para ele outra coisa, ele disse que não, que a vocação dele era seguir Cristo.”

Maria Reis estava em viagem quando soube pela Renascença que o seu amigo ia ser cardeal. “É uma honra para Tronco ter um cardeal. Quando ouvi, disse: “Não quero acreditar. Não quero acreditar que o Toninho vai chegar a Papa. O Toninho ainda se vai sentar na cadeira de S. Pedro. Ainda se lá vai sentar. Ainda vai ser Papa.”

Maria e a família não vão a Roma. “Gostava de ir, mas é longe.” A vida não lhe permite, mas já está a pensar organizar uma excursão para, em Fátima ou Leiria, participar na celebração da primeira eucaristia como cardeal.

“Quero ir quando ele celebrar a primeira missa como cardeal, quero lá estar. Vou dar-lhe um grande abraço. Emociona-me ao falar nele. Ele nunca vem cá, que não me abençoe. O sorriso dele está sempre na face, sempre, sempre. É um mar de agrado para toda a gente. Ele é muito bom, muito bom, muito bom”, conclui a amiga que se considera família.

Maria Reis guarda com carinho toda as memórias ligadas a D. António Marto, desde a brochura da ordenação episcopal à tomada de posse como bispo de Viseu e, mais tarde, como bispo de Leiria-Fátima, até artigos de jornais e revistas. É com orgulho que mostra à Renascença um conjunto de quadras que fez para oferecer ao amigo, aquando da sua ordenação episcopal e a que chamou Redondilhas da Vida.

“É um homem verdadeiramente feliz”

Maria Celeste Marto, de 79 anos, emociona-se ao falar do irmão. Vai com a família a Roma e está a viver este momento com “uma emoção grande e muita alegria”. Com as lágrimas a saltarem-lhe pelos olhos, diz que D. António Marto “é um amor, um bom irmão, um bom cunhado e um bom tio”.

“Mas em pequenito era rebelde. Embora eu fosse mais velha, ele batia-me e mandava em mim. Era rebelde. O meu pai castigava-o e eu é que chorava, porque realmente era muito maroto”, confidencia à Renascença. Logo a seguir recorda umas das brincadeiras do irmão, que lhe valia sempre uma reprimenda dos pais, mas que o pequenito teimava em repetir.

“Tínhamos uma vizinha velhota, a quem chamavam de ‘Cuca’ na aldeia. E, então, ele ia à janela e quando ela passava dizia: “Cuca velha, cuca velha”, ao mesmo tempo que fazia “cu-cu, cu-cu”. E a velha vinha atrás dar queixa. Castigavam-no, mas não tinha vergonha. Sempre que a velha passava, ele fazia o mesmo. Era muito malandro.” Foi assim até aos 11 anos. Depois, atesta a irmã, “ficou um amor, não há melhor”.

Em criança “vestia aqueles saiotes que a gente usava para armar as saias, punha-o por cima dos ombros a fazer de sobrepeliz e fazia as ‘cerimónias’ à maneira dele. Arranjava umas bolachas, nós até dizíamos que era para as comer, que eram as hóstias. E assim fazia as cerimónias que via o senhor padre fazer e fazia o sermão, pregava, pregava”, explicita Maria Celeste.

Quando manifestou o desejo de ir para o seminário, o pai e a mãe não gostaram mas também não o impediram. “O sonho do meu pai era que ele seguisse a carreira militar e a minha mãe queria que ele fosse advogado. E nem uma coisa nem outra. Quis ser padre”, conta a irmã, recordando que o pai lhe dizia muitas vezes, durante a vida de estudante, que se não estivesse contente estava na altura de sair.

“Sai e continuas cá fora, mas não me dês depois nenhum desgosto”, ouviu muitas vezes o pai dizer. A resposta do irmão de Maria Celeste era sempre a mesma: “Estou feliz, sou feliz assim.” A irmã atesta que era verdade. “Sempre o senti feliz, sempre a cantar, sempre a rir, passa a vida dele assim. É um homem verdadeiramente feliz e que contagia com a sua felicidade.”

Domingos Estrela Bastos, de 74 anos, já estava no seminário de Vila Real quando o pequeno António lá chegou. Foram colegas até ao antigo 5º ano, altura em que Domingos abandonou o percurso. Recorda o amigo “de estatura pequena, muito trabalhador, bem comportado, e muito respeitador, o melhor aluno da turma de 54 alunos”.

Das brincadeiras do tempo de seminário revive os jogos de “andebol, basquetebol e voleibol, porque os campos de recreio eram pequenos e não davam para jogar futebol”. Da turma só três foram ordenados sacerdotes. Restam dois.

“Já na altura se percebia que, além de aluno exemplar, tanto nos estudos como no comportamento, era alguém que poderia vir a ser um homem grande na Igreja”, lembra Domingos, que mantém com D. António Marto uma relação de amizade.

“Sempre que nos encontramos fazemos uma festa. Ainda há não muito tempo esteve cá em casa. Para mim, continua a ser o Marto e, mesmo que ele venha a ser Papa, pois não me admira nada que tal venha a acontecer, eu vou continuar a tratá-lo por tu”, diz com a voz embargada pela emoção. Sobre a nomeação, Domingos diz que é “um orgulho muito grande” e aguarda com ansiedade o próximo encontro com o novo cardeal português para lhe “dar um grande e apertado abraço”.

“Uma energia extra que ajuda a olhar para o futuro com positividade”

Mesmo com um percurso pastoral feito longe da terra natal, D. António Marto mantém amigos na aldeia e também na cidade de Chaves, onde tantas vezes presidiu à celebração da eucaristia na igreja Matriz. Uns e outros manifestam grande alegria por um filho da terra chegar ao cardinalato.

É o caso do presidente da Câmara Municipal de Chaves, Nuno Vaz, que nasceu em Travancas, aldeia muito próxima de Tronco. “Ter um cardeal do concelho significa muito para Chaves, para todos os flavienses, mas também para todo o país”, refere o autarca, realçando as raízes profundas do novo cardeal "no Portugal profundo, o nosso Portugal rural”.

Para Nuno Vaz, a nomeação de D. António Marto como cardeal “significa que é possível haver uma transformação e que essa transformação é feita sobretudo pela formação, pela educação, pela tenacidade, pela vontade e pela competência”.

O autarca destaca a “grande excecionalidade que tem a ver com a circunstância de alguém que tem um percurso brilhante sob o ponto de vista académico mas também sob o ponto de vista da hierarquia da Igreja” e que acentua a dimensão da “educação que consegue transformar verdadeiramente a vida das pessoas e a vida das outras pessoas que lidam com aquelas que são transformadas”.

“É isso que me parece mais singular nesta vida, porque temos, naturalmente, a perceção de que o importante é a dimensão individual, pessoal, daquilo que é o acreditar das pessoas”, sublinha.

À Renascença, o autarca de Chaves diz ainda que “a nomeação de D. António Marto é também um estímulo para os flavienses, para nós que residimos numa região com muitas dificuldades, uma energia extra que nos pode também a ajudar a olhar para o futuro com positividade”.

“As pessoas grandes são sempre simples”

O bispo de Vila Real, D. Amândio Tomás, vê a nomeação de D. António Marto como “uma grande honra para a diocese”. “Não podemos deixar de nos congratular com a elevação ao cardinalato do nosso caríssimo António Marto. E felicitamo-lo pelo chamamento que o Papa lhe fez, para mais intimamente servir a causa da Igreja e o santo Padre”, refere o prelado à Renascença.

D. Amândio Tomás recorda o percurso do novo cardeal, que nasceu, cresceu, estudou e serviu a diocese de Vila Real. Também realça o “grande teólogo mas, sobretudo, a pessoa próxima, humilde, dedicada e simples, com a simplicidade que o caracteriza, porque é assim que as pessoas grandes são: sempre simples, sempre humildes”.

O bispo de Vila Real lembra que “a Igreja está sempre em reformação” e vê em D. António Marto “uma pessoa desta natureza que, com a sua sabedoria, capacidade e bondade, será uma mais-valia para ajudar o Santo Padre nesta desejada e conturbada conversão e transformação da Igreja de Deus”, conclui o bispo de Vila Real.

No consistório de quinta-feira, serão criados 14 novos cardeais, 11 dos quais com poder para participar num futuro conclave que se reúna para eleger um novo Papa. No dia seguinte, D. António Marto participará, juntamente com os outros cardeais, na missa matinal celebrada pelo Papa Francisco.

É a quinta vez que Francisco realiza um consistório para criar novos cardeais. A acompanhar D. António Marto, estarão em Roma familiares e amigos, leigos, religiosos e sacerdotes da diocese de Leiria-Fátima e alguns bispos portugueses.

No dia 30, já cardeal, D. António Marto presidirá a uma missa que se realiza na Igreja de Santo António dos Portugueses, também em Roma.

Com a entrada do bispo de Leiria-Fátima no colégio dos cardeais, Portugal passa a estar representado por quatro cardeais. O cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, o penitenciário-mor emérito D. Manuel Monteiro de Castro e o prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos, D. José Saraiva Martins, são os outros membros.

O novo cardeal português

D. António Marto nasceu a 5 de Maio de 1947, em Tronco, concelho de Chaves, e estudou nos seminários de Vila Real e do Porto. Foi ordenado padre em Roma, em 1971, como presbítero da diocese de Vila Real.

Estudou Teologia Sistemática na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (de 1970 a 1977), onde fez o doutoramento, com a tese “Esperança cristã e futuro do homem. Doutrina escatológica do Concílio Vaticano II”.

Entre 1977 e 2000, trabalhou na formação de candidatos ao sacerdócio no Seminário Maior do Porto, como formador e prefeito de estudos.

Foi professor de diversas áreas da teologia no Instituto de Ciências Humanas e Teológicas (Porto), no Centro de Cultura Católica (Porto), na Faculdade de Teologia e na Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa (Porto), tendo integrado diversas comissões, tanto ao nível científico como diretivo. Foi também diretor-adjunto da mesma Faculdade de Teologia. É membro da Sociedade Científica da Universidade Católica.

A 10 de setembro de 2000 foi nomeado bispo, tendo escolhido como lema episcopal: “Servidores da vossa alegria”. Entre o ano seguinte e 2004, foi bispo auxiliar de Braga e depois bispo de Viseu até 22 de abril de 2006, quando foi nomeado bispo de Leiria-Fátima. Entrou nesta diocese a 25 de Junho de 2006.

D. António Marto é autor de diversos artigos na área da teologia. Em colaboração com D. Manuel Pelino, escreveu “Catequese para o Povo de Deus”, obra em dois volumes, para a formação cristã de adultos.

Já como bispo publicou: Eucaristia e Beleza de Deus (2005), Fátima e a Modernidade (2006), Descobrir a beleza e a alegria da vocação cristã (2006), A beleza do rosto trinitário de Deus na mensagem de Fátima (2007),Testemunhas da Ternura de Deus (2007), Ir ao coração da Fé (2008), Um Novo Olhar Pastoral: Paróquia, Vigararia e Missão do Vigário (2008), Critérios evangélicos e pastorais para a liderança e para a gestão de pessoas e administração dos bens ao serviço da Igreja "Comunhão e Missão" (2008), Ir ao coração da Igreja (2009), Chamados à Caridade (2010), Testemunhas de Cristo no Mundo (2011), O Tesouro da Fé, Dom para Todos (2012), A beleza e a alegria de viver em família (2013), Ministério Episcopal e Cúria Diocesana (2013), Profetas e semeadores de esperança (2014) e Maria, Mãe da Ternura e de Misericórdia (2015).
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  • Madona
    29 jun, 2018 Isla Bonita 17:10
    Santa Inocência... Deus não chama para ser Papa, Deus chama para o Reino dos Céus! O Papa é eleito pelos Bispos! Ou seja a eleição do Papa é feita no Reino dos Homens! É uma eleição como outra qualquer! Com guerras e guerrinhas próprias do ser humano! Não há nada de transcendente na eleição do Papa!

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