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Jardim Botânico de Queluz vence também Prémio Escolha do público

22 jun, 2018 - 20:33 • Maria João Costa

Além do Prémio da União Europeia para o Património Cultural/Europa Nostra, o Jardim Botânico do Palácio Nacional de Queluz venceu também o Prémio Escolha do público.

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A surpresa estava guardada para Berlim. Pela primeira vez, a votação do público para o Prémio da União Europeia para o Património Cultural/Prémio Europa Nostra foi atribuído a um projeto português. A recuperação do Jardim Botânico do Palácio Nacional de Queluz foi o grande vencedor e soma assim dois prémios, porque foi também um dos 29 projetos premiados com o Prémio da União Europeia para o Património Cultural/Europa Nostra.

A votação via internet permitiu reunir mais de 7 mil votos que distinguiram o projeto de recuperação do jardim construído no século XVIII e que foi destruído em 1984 por umas cheias. As obras iniciadas em 2012 permitiram reconstituir aquele que era o jardim onde eram cultivados ananases para os banquetes servidos no Palácio Nacional de Queluz.

O Jardim Botânico que é gerido em conjunto com o Palácio pela empresa parques Sintra Monte da Lua foi também um dos distinguidos com o Prémio Europa Nostra. Segundo o júri “Este projeto foi bem-sucedido na redescoberta e recuperação de um jardim que se pensava perdido. Para isso recorreu-se a investigação arqueológica, à análise de fragmentos restantes do jardim e da documentação existente”.

Em declarações à Renascença em Berlim, Guilherme d'Oliveira Martins – comissário português do Ano Europeu do Património mostrou-se satisfeito com este prémio e destacou o facto de ser a primeira vez que o Prémio do Público vai para Portugal. O também representante do Europa Nostra em Portugal, através do Centro Nacional de Cultura, considera que Portugal “conseguiu ter o melhor reconhecimento do público” e aponta duas questões. “Não é por acaso que Portugal é um dos países que tem o maior número de atividades” no balanço provisório do Ano Europeu do património, diz Oliveira Martins que destaca também que Portugal esteve “na linha da frente a defender que o património fosse o único tema para este ano temático” na Europa.

Em Berlim, esta sexta-feira foram também anunciados os sete vencedores do Grande Prémio, escolhidos entre vinte e nove projetos de 17 países. Uma espécie de “prémios Nobel da Cultura” ou “óscares” como lhe chamou a secretária-geral do Europa Nostra. Entre esses sete que vão receber cada um um prémio pecuniário de dez mil euros, estão por exemplo na categoria Serviço Dedicado ao Património a senhora Tone Sinding Steinsvik da Noruega que dinamiza um projeto cultural no seu país; na mesma categoria está também um projeto nas Canárias, em Espanha de exploração de água nos Heredamiento de Las Haciendas of Argual e Tazacorte criado há 500 anos.

Presentes em Berlim na cerimónia estiveram de Portugal, o Ministro da Cultura Luis Filipe Castro Mendes, a diretora-geral do Património a arquiteta Paula Silva, Guilherme d'Oliveira Martins o comissário português do Ano Europeu do património; o presidente da Parques Sinta Monte da Lua e em representação do Jardim Botânico, o engenheiro Nuno Oliveira.

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