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Novo bispo de Viseu. “Vou estar atento e vigilante"

15 jun, 2018 - 06:42 • Liliana Carona

Com gosto pela leitura e por contemplar a natureza, D. António Luciano dos Santos Costa diz-se otimista e confiante. Aos 66 anos garante que o cargo e os títulos são o que menos interessa.

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D. António Luciano dos Santos Costa vai ser ordenado, este domingo, bispo de Viseu. A ordenação episcopal está marcada para o dia 17 de junho, às 16h00, na Sé da Guarda.

Em entrevista à Renascença, revela que não esperava a nomeação. “Acolhi com muita surpresa, mas tenho vivido com serenidade e paz interior. O trabalho que eu já fazia, o projeto de Deus, é o que vou continuar a fazer como Bispo. Estar atento aos mais frágeis e desprotegidos. Nunca fui alheio a este mundo de sofrimento e ao mundo real de trabalho das pessoas”, assegura o prelado acrescentando que vai procurar agir.

“Vou estar atento e vigilante, e que esta atenção não fique só palavras, mas com respostas, com discrição”, assume.

Com gosto pela leitura e por contemplar a natureza, D. António diz-se otimista e confiante. Aos 66 anos de idade, garante que o cargo e os títulos é o que menos interessa.

“Sinto-me feliz porque procuro fazer a vontade de Deus. Os cargos é o que menos interessa. A missão do bispo é de serviço, atento e vigilante. Um bispo é um protetor das pessoas, que reza por elas, que vai ao encontro das pessoas”, afirma.

Nascido a 26 de março de 1952, em Corgas, freguesia de Sandomil, concelho de Seia, D. António Luciano dos Santos Costa vem de uma família numerosa: tem seis irmãs.

Antes de ser padre, estava-lhe na veia outra vocação: a de enfermeiro. Licenciou-se em enfermagem em Coimbra, aos 22 anos, na Escola Dr. Ângelo da Fonseca e desde essa altura dedica-se à investigação e docência nas áreas da Ética e Bioética. Deu aulas em Viseu, no seminário interdiocesano, na Universidade Católica e na Escola Superior de Saúde da Guarda, além de diversas faculdades de medicina do país.

Em contacto permanente com académicos, não admira que a juventude seja uma das suas prioridades. “Eu tenho a idade que tenho, mas sempre passei a minha vida no meio dos jovens, sinto-me jovem interiormente. A juventude constrói-nos uma forma de ser e de estar com otimismo, sabendo olhar para o futuro com muita esperança, sabendo que Deus é quem nos conduz e construirmos a igreja que devemos construir nos tempos atuais, ou seja, uma igreja missionária, dinâmica, com rosto jovem e junto das pessoas que mais precisam, os doentes e frágeis”, conclui.

Escolhido pelo Papa Francisco para suceder a D. Ilídio Leandro, que renunciou por motivos de saúde, D. António Luciano dos Santos Costa ainda é capelão no hospital da Guarda, onde a fronteira entre ser padre e enfermeiro é muito ténue. “Primeiro muito humanista e depois muito ético, e agora espero muito na oração das pessoas para continuar esta missão”.

O início da atividade pastoral como bispo de Viseu acontece a 22 de julho.

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