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Entre 10 a 20 colégios em risco de fechar definitivamente

14 jun, 2018 - 07:28

Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo lamenta medida que contribui para a desertificação do interior.

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Há entre 10 a 20 colégios em risco de fechar definitivamente. É o que revela à Renascença o diretor executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo.

“Teremos de aguardar pelo fim das inscrições, porque há muitos colégios que estão, uns a conseguir, outros um bocadinho mais difícil, a lutar para sobreviver. Penso que nas próximas semanas teremos um cenário já definitivo e completo, mas há uma ou duas dezenas [em risco de fechar]”, afirma Rodrigo Queiroz e Melo.

Um colégio que já anunciou o seu fecho definitivo é o Colégio Salesiano de Poiares, na Régua, uma situação lamentada por este responsável.

“Temos de facto infelizmente toda uma rede educativa de qualidade em zonas deprimidas que agora desta forma desaparece e este é de facto o último ano”, reconhece.

Na sequência do encerramento destes estabelecimentos de ensino, os alunos estão a ser obrigados “a percorrer dezenas de quilómetros para ir para escolas que são piores do que os colégios que tinham nas suas terras”.

Queiroz e Melo não tem dúvidas que esta é uma medida que contribui grandemente para a desertificação do interior.

Na sua opinião, o executivo ainda pode alterar a situação, mas avisa ser preciso um compromisso sério e não, apenas, uma medida eleitoralista.

O fecho de estabelecimentos de ensino privado está relacionado com o fim dos contratos de associação. O Governo tem cortado o apoio a colégios em zonas onde diz existirem alternativas públicas.

Comentários
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  • Luis Ribeiro
    18 jun, 2018 Faro 05:27
    Se estes estabelecimentos tivessem qualidade reconhecida no mercado, certamente não fechariam. Como não fecham actividades privadas na vida economica quanto tem merito no que fazem. Este "choradinho" da desertificação do interior, no caso, é ridiculo. O Estado apenas deve subsidiar actividades privadas quando nao tem capacidade de oferta. E quando nao a tem, deveria aquilatar se não a deveria ter em vez de pagar a terceiros. Estes colegios não existem por desejo divino. Ou tem qualidade e lutam no mercado por isso ou então encerram. Como outras empresas.
  • Antonio C Rodrigo
    16 jun, 2018 Viseu 00:19
    Os cursos e formações académicas devem ser dados aos mais inteligentes, "sejam ricos ou pobres" e não apenas a quem tem dinheiro!... Por outro lado, ter dinheiro para pagar estudos não significa comprar cursos!... Aliás, como de resto todos sabemos que isso é o prato do dia!...
  • Isis
    15 jun, 2018 lisboa 14:35
    È austeridade a justificar aumentando despesas das famílias e contribuição queda natalidade. É tb uma qestao ideológica do sistema q ensinam de acordo com princípios q defendem não deixando alternativas para a família.Pode considerar.se q o ensino está cada vez mais efeminizado e tendencialmente e marxista. o ISIS fazia exatamente o mesmo ,ensino só o nosso politico religioso anti- ocidente do qual resultaram milhares de mortes e atentados.Será o caso em Portugal ?Querem um Pais vazio e sem contraditório?Vivemos um mundo aberto em q todas as comparações são possíveis e os pais estão atentos e são eleitores,isto enquanto houver pais.
  • MASQUEGRACINHA
    14 jun, 2018 TERRADOMEIO 16:37
    São consequências lamentáveis, que não agradam a ninguém bem-formado. Mas, correndo o risco de ser um tanto "whataboutista", não é verdade que muitas outras medidas que ajudam (ainda mais) à desertificação foram e são tomadas em nome da racionalização económica, sem grande cuidado pelas populações? Encerramento de serviços públicos de todos os tipos, designadamente de muitas escolas, com graves incómodos e desenraizamento dos alunos; portagens em vias rápidas que substituem estradas velhas e perigosas; etc., etc.. Para mais, e ao contrário dos outros casos, as escolas com contrato de associação estavam, há muito tempo, a funcionar à revelia da lei, com certeza à espera de uma qualquer espécie de "usucapião" que tornasse normal o ilegal. Os contratos de associação são para funcionar onde não exista escola pública, ponto final. E, se existe um problema de diferentes "qualidades de ensino", deve ser resolvido no sítio próprio, onde essa qualidade falhe, e não pela pretensa "partilha" que os colégios privados façam da sua qualidade superior com uns quantos "sortudos" subsidiados, e que, pelo que se vê, são afinal quem paga o grosso das despesas de funcionamento. Estamos em economia de mercado. Se uma empresa privada não consegue sobreviver no mercado concorrencial, fecha. É simples. Já agora: Diz-se no artigo que o governo tem cortado o apoio em zonas "onde diz existirem" alternativas públicas. Mas é "onde diz existirem" ou é onde existem mesmo? Ou é desinformação subliminar?
  • fanã
    14 jun, 2018 aveiro 16:36
    Sr. João Lopes , por mais uma vez permita-me de o corrigir !..............O direito a liberdade de escolha do modelo de ensino Privado nunca esteve em causa . Mas ...sim!..há um "mas", porque deve ele ser sustentado com dinheiro Publico ?????........... Quando no meu caso por ex. Não tenho capacidade económica para por os meus netos no Privado , assim como no passado os meus filhos que também não são endinheirados . Frequentaram ao Ensino Publico e não estão hoje sem Emprego !...Quem quiser Ensino Privado , que assuma os custos !
  • Fernando Machado
    14 jun, 2018 Porto 14:45
    O famigerado problema da desertificação do interior. Claro que o encerramento destes estabelecimentos de ensino, obrigam os alunos a percorrer dezenas de quilómetros para, segundo dizem os entendidos, irem para colégios piores. Já agora uma pergunta: quando os meninos e meninas acabarem os seus cursos, têm emprego nas suas terras ? Os deputados e deputadas do "interior", que eu saiba, não lutam pelo fim da desertificação do interior. Já agora que tipo de ensino fazem esses colégios ? Hão-de vir para o Porto ou para outra localidade do litoral trabalhar e, desse modo usurpar os empregos dos seus residentes. Foi e será sempre o eterno problema de fundo deste País.
  • João Lopes
    14 jun, 2018 Viseu 13:15
    Os comunistas do BE e do PCP e os socialistas marxistas não têm iniciativas e só sabem viver do dinheiro do contribuinte; mas querem impor a sua ideologia não respeitando o direito e a liberdade das famílias escolherem a melhor escola para os filhos.

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