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Sporting reage à suspensão

"Não há interesse em eleições porque já se percebeu que Bruno ganha"

13 jun, 2018 - 14:26

Comissão Transitória da mesa da Assembleia Geral do Sporting não reconhece legitimidade às decisões da "ex-mesa", nem à suspensão a Bruno de Carvalho, decretada pela comissão de fiscalização nomeada pelo órgão presidido por Marta Soares.

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A Comissão Transitória da mesa da Assembleia Geral do Sporting não reconhece legitimidade às decisões do organismo presidido por Jaime Marta Soares, por se ter demitido. Esta tomada de posição surge depois de a comissão de fiscalização nomeada pela mesa demissionária da Assembleia Geral ter anunciado a suspensão preventiva, com efeitos imediatos, do Conselho Diretivo do clube, liderado por Bruno de Carvalho.

Na sala de imprensa de Alvalade, em vez da anunciada presença de Bruno de Carvalho, esteve a Comissão Transitória da mesa da Assembleia Geral, nomeada pelo Conselho Diretivo para substituir a mesa de Marta Soares. A presidente do órgão, Elsa Tiago Judas, sublinhou que a comissão de fiscalização não mais é que "putativa", porque foi eleita por um órgão tecnicamente inexistente.

"Quem manda é a assembleia geral, não a mesa da Assembleia Geral. Ou seja, os sócios do Sporting, em assembleia geral. Quanto às assembleias gerais de dia 17 e a de dia 21, não há nenhuma decisão judicial que determine a ilegalidade delas. A de dia 23 está vinda de irregularidades do princípio até ao fim. Até podem realizá-la, mas no dia a seguir, as declarações emanadas dessa assembleia geral serão inválidas", frisou.

"Não lhes interessa dar a voz aos sócios"

Elsa Tiago Judas alegou que a intenção de Marta Soares e da comissão de fiscalização nunca quiseram verdadeiramente realizar a assembleia geral de destituição marcada para 23 de junho ou ir a eleições.

"Não é preciso ser muito inteligente para entender isto. O ex-presidente da mesa percebeu que o Bruno de Carvalho e o Conselho Diretivo têm feito um excelente trabalho, que está a ser cada vez mais reconhecido pelos sócios. Não há interesse em eleições, porque já se percebeu que se Bruno de Carvalho e o seu Conselho Diretivo for a eleições, ganham. O ponto fundamental é que não lhes interessa dar a voz aos sócios".

Elsa Tiago Judas reforçou que a suspensão a Bruno não tem suporte jurídico. "A única forma de afastar o presidente e o Conselho Direitivo era suspendê-los, nem sei bem como. A comissão que falou é ilegítima, tal como as 'soluções' apresentadas", salientou e rematou: "Espero que tudo acabe dia 17 e que se possa começar a trabalhar".

Comissão Transitória defende os sócios, não Bruno

O vice-presidente da Comissão Transitória, Trindade Barros, garantiu que a principal preocupação do órgão "é a defesa dos interesses do Sporting" e que os sócios "são soberanos", nas decisões do clube.

"Não estamos contra ninguém. Não estamos a proteger os interesses de Bruno de Carvalho. Golpadas é que não", disse. Trindade Barros realçou que a "ex-mesa" de Marta Soares "está cegamente focada na destituição do único órgão" em funcionamento e nomeado pelos sócios.

O porta-voz do Conselho Diretivo, Fernando Correia, reforçou que "não é reconhecida legitimidade" à comissão de fiscalização nomeada por Marta Soares, pelo que a suspensão a Bruno de Carvalho é ilegítima.

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  • Jorge
    13 jun, 2018 Seixal 15:50
    Está tudo dito. Apenas há a lamentar a pressão dos mídia, sobretudo da comunicação social. Se o Bruno de Carvalho for a eleições estou curioso em saber qual o resultado final, pode ser uma grande surpresa, para acabar com os palpites dos comentadores de bancada.

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