01 jun, 2018 - 18:59
A Gestifute, de Jorge Mendes, emitiu comunicado, esta sexta-feira, a explicar a transferência falhada de Rui Patrício para o Wolverhampton. Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, culpara o empresário de tentar levar "mais de sete" dos 18 milhões de euros da operação e de manipular o guarda-redes, que apresentou pedido de rescisão.
A agência argumenta que não há "nada mais longe da verdade" quando Bruno alega que a Gestifute fez chantagem, dizendo que Mendes teria dito que ou ficava com sete milhões de euros ou não haveria negócio.
A Gestifute garante que foi a SAD do Sporting que, no passado dia 23 de maio, "pediu encarecidamente à Gestifute que tentasse conseguir uma proposta" para a transferência de Rui Patrício, "de modo a evitar a rescisão iminente deste". Refere, ainda, que o Sporting "propôs que, simultaneamente com esse pedido de intervenção, se resolvesse o diferendo com a Gestifute relativo ao jogador Adrien Silva, sem prejuízo do pagamento da contrapartida devida à Gestifute, já anteriormente contratualizada, pela própria transferência do jogador Rui Patrício".
A agência sublinha que o pedido que lhe foi dirigido, bem como o acordo quanto aos valores envolvidos no negócio, "eram do conhecimento e mereciam a concordância expressa do Presidente da Sporting SAD".
"Nada neste processo — rigorosamente nada — decorreu por iniciativa da Gestifute, a qual se limitou a aceder a uma quase súplica do Sporting, e unicamente pela consideração devida a esta instituição", salienta.
Acrescentando que os valores acordados para a trnasferência "constam expressamente das minutas contratuais", a Gestifute adianta que "tudo fez para conseguir obter o acordo" para a transferência por 18 milhões de euros e que Rui Patrício chegou mesmo a realizar testes médicos, "com o conhecimento e concordância expressa do Presidente da Sporting SAD".
A Gestifute sentencia com a explicação de como o negócio caiu: "O Presidente da Sporting SAD afinal exigia um aumento no preço de 2 milhões de euros: 'mais dois milhões ou não há negócio' — o que foi recusado de imediato pelo clube comprador. Em duas palavras: o negócio não fracassou por qualquer chantagem da Gestifute; o negócio fracassou por força de uma exigência adicional inopinada e de última hora ao arrepio das condições já perfeitamente definidas e acordadas".