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Braga recebe no Verão bienal de arte sacra contemporânea

01 jun, 2018 - 10:32 • Isabel Pacheco

A ideia-base é “lançar um olhar moderno sobre a arte sacra”, resume o cónego José Paulo Abreu, da arquidiocese de Braga, uma das entidades organizadoras.

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A primeira bienal internacional dedicada à arte sacra contemporânea do país vai decorrer em Braga, entre 3 de agosto e 3 de setembro. A organização cabe à Atlas - associação cultural e de apoio aos países de língua portuguesa -, que se junta à arquidiocese e à Câmara de Braga.

Um “suporte de sapateiro cravejado de pregos”, a representar os pregos da Cruz, ou a escultura de um “negro com um lençol branco” e uma “rosa ao lado do coração”, a representar Nossa Senhora. As obras são nos descritas por Cristina Berardini, da Atlas, para exemplificar a “contemporaneidade e o tipo de criatividade” da arte que vai estar em exposição na cidade de Braga.

O tema para a criação é livre e, apesar de só haver espaço para cinquenta artistas, a organização já regista mais de centro e trinta inscrições. Este interesse é justificado pela “palavra contemporaneidade” que faz “toda a diferença”, explica Cristina Berardini.

"Houve abertura à criatividade. Quando falamos de arte sacra, remetemos para uma visão um pouco pesada e é isso que queremos desmitificar”, acrescenta.

Trata-se de “lançar um olhar moderno sobre a arte sacra”, resume o cónego José Paulo Abreu, da arquidiocese de Braga, que vê na organização da bienal uma oportunidade para “reaproximar a Igreja dos artistas dos dias de hoje”.

“Não podemos ficar no passado. Temos de continuar a ser artífices. Continuamos a ter artistas e a fé está aí. Agora, é criar as condições para que, assim como no passado, esse matrimónio que trouxe frutos felizes, também, no presente esses frutos possam aparecer”, sublinha o também diretor do Museu Pio XII, que vai acolher as criações a concurso na bienal.

À porta do museu vai estar uma criação Walter Nu, artista brasileiro conhecido pelas suas criações em sucata, que leva a Braga uma escultura de “homenagem à bienal e ao nosso país”, revela Cristina Berardini. "Vai ser uma escultura de 3,20 metros de altura. Toda construída em sucata e vai ser um santo ou... uma santa", adianta.

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