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Ala pediátrica

Hospital de S. João tem 19 milhões de euros que não pode usar em obras urgentes

30 mai, 2018 - 12:35

No Parlamento, Presidente do conselho de administração desmentiu que haja crianças a receber tratamento nos corredores.

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O presidente do conselho de administração do Hospital de São João, no Porto, diz que tem 19 milhões de euros em caixa para as obras necessárias na ala pediátrica mas que não pode usar esse dinheiro.

Numa audição parlamentar esta quarta-feira, António Oliveira e Silva disse aos deputados que precisa de uma autorização de despesa que ainda não foi emitida e que é por isso que as obras urgentes continuam por avançar.

"A totalidade da verba não está nas contas do Hospital de S. João, nas contas do Hospital de S. João estão 19 milhões de euros, mas isto para nós não é o mais importante. O que importa é termos a autorização de despesa e a portaria de extensão de cargos que nos permite, obviamente, iniciar o processo de lançamento de concurso. As verbas não estão desbloqueadas. O dinheiro está nas contas mas nós precisamos da autorização de despesa e da portaria de extensão que nos permite desbloquear os encargos."

Aos deputados, António Oliveira e Silva também desmentiu as notícias que dão conta de crianças a serem tratadas nos corredores do hospital.

"As crianças nunca foram tratadas no corredor. Isto baseia-se numa reportagem de um órgão de comunicação social, que mostra uma fotografia de uma criança que está, realmente, no corredor antes da sala de tratamento. Estamos a falar de tratamento ambulatório, não de tratamento intermédio. O tratamento em ambulatório não é feito no sítio onde há instalações provisórias neste momento. Naquele dia, a sala de tratamentos estava cheia e aquela criança tinha necessidade de fazer um tratamento de quimioterapia. E chama-se àquele sítio um corredor porque é estreito mas não é um sítio de passagem."

Durante o esclarecimento, o administrador do S. João anunciou que "no dia 22 de junho vai ser inaugurada uma área de ambulatório completamente nova de pediatria".

Sobre a notícia de que as administrações do Centro Hospitalar do Porto, do IPO e do S. João foram chamadas a Lisboa para uma reunião com as Finanças sem a presença do ministro da Saúde, Oliveira e Silva adiantou que a maioria das reuniões com o Governo têm decorrido no Ministério da Saúde e que houve apenas uma com o Ministério das Finanças.

"Fomos convocados pelo Ministério das Finanças que pretendia uma reunião informativa sobre vários dados do projeto, das necessidades do projeto, de como é que se garantia a assistência às crianças durante o tempo de obra e foram-lhes dadas essas garantias. Depois disso não tivemos mais nenhum contacto com o Ministério das Finanças, temos tido, sim, algumas reuniões no Ministério da Saúde."

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