30 mai, 2018 - 01:07
A Federação Portuguesa pela Vida está satisfeita com o resultado da votação no Parlamento, que rejeitou a despenalização da eutanásia.
Em declarações à Renascença, o porta-voz do movimento, José Maria Seabra Duque, considera que a movimentação social mostrou aos deputados que deviam rejeitar a morte assistida.
“Este resultado deixa-nos muito descansados e muito felizes e deixa, sobretudo, claro que a movimentação social e popular, dos bastonários, da Igreja, das outras confissões religiosas, da Comissão Nacional de Ética para as Ciências da Vida, as várias vigílias que se realizaram pelo país teve efeito. Os deputados perceberam que o povo português não quer a eutanásia”, afirma José Maria Seabra Duque.
A Federação Portuguesa pela Vida deixa o desafio aos deputados: é preciso continuar a informação a sociedade sobre estes assuntos e investir nos cuidados aos doentes em fim de vida.
José Maria Seabra Duque defende ainda que os cuidadores informais e as famílias dos doentes crónicos não podem ser esquecidos.
“É preciso dar condições às pessoas que rodeiam os doentes para que possam apoiar os seus doentes. O nosso lema foi sempre queremos uma sociedade que cuida e não mata. Que não mata está tratado, agora é preciso tratar de uma sociedade que cuida”, sublinha.
As quatro propostas apresentadas no Parlamento para despenalizar a eutanásia em Portugal foram chumbadas esta terça-feira por uma maioria dos deputados.
Um total de 229 deputados foram chamados a votar a favor, contra ou a absterem-se sobre quatro projetos de lei, apresentados pelo PS, o BE, o PEV e o PAN.
Cada deputado votou nominalmente em cada uma das propostas, à exceção do único legislador ausente, o parlamentar Rui Silva, do PSD, que se encontra no estrangeiro.
Os dois maiores partidos, PS e PSD, que somam 175 dos 230 assentos parlamentares, deram liberdade de voto aos seus deputados.