29 mai, 2018 - 21:42
A saúde foi a grande vencedora da votação no Parlamento que chumbou a eutanásia, disse à Renascença o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães.
“O grande vencedor da votação de hoje é a saúde das pessoas. Apesar de tudo, saiu daqui reforçado o cartão cor de laranja ao Governo de que é preciso investir mais na saúde”, defende uma das vozes que fez campanha contra a legalização da eutanásia.
Para Miguel Guimarães, é preciso apostar “no acesso aos cuidados de saúde, mais cuidados paliativos, mais acesso às consultas de especialidades hospitalares, mais acesso às consultas de cuidados de saúde primários”.
As quatro propostas apresentadas no Parlamento para despenalizar a eutanásia em Portugal foram chumbadas esta terça-feira por uma maioria dos deputados.
Um total de 229 deputados foram chamados a votar a favor, contra ou a absterem-se sobre quatro projetos de lei, apresentados pelo PS, o BE, o PEV e o PAN.
Cada deputado votou nominalmente em cada uma das propostas, à exceção do único legislador ausente, o parlamentar Rui Silva, do PSD, que se encontra no estrangeiro.
Os dois maiores partidos, PS e PSD, que somam 175 dos 230 assentos parlamentares, deram liberdade de voto aos seus deputados.