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Agressores de Alcochete quiseram "causar receio pela própria vida" aos jogadores

22 mai, 2018 - 14:02

Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa diz que há "abundantes meios de prova indiciária" que apontam para uma ação "concertada" que "espalhou o medo e o pânico".

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O Ministério Público diz possuir "abundantes meios de prova indiciária" recolhidos na sequência dos incidentes na Academia do Sporting, em Alcochete, numa ação que diz ter sido "concertada".

Em comunicado publicado na página da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), o MP assegura que, "no essencial, foram recolhidos fortes indícios de que os arguidos agiram de forma concertada e previamente planeada de modo a intimidar gravemente e causar receio pela própria vida ao grupo de jogadores e de técnicos da equipa de futebol do SCP".

"Foram recolhidos abundantes meios de prova indiciária no espaço de 24 horas nomeadamente, objetos transportados nas viaturas dos arguidos, autos de visionamento de vídeovigilância e fotogramas, relatórios fotográficos, relatórios de inspeção judiciária, foram feitas 36 inquirições de testemunhas e ofendidos, etc.", lê-se, ainda, na nota.

De acordo com a nota da PGDL, os actos foram levados a cabo "através da prática de crimes com perigo para a integridade física, com sequestro, por meio de uma atuação em grupo especialmente violenta designadamente, na forma como invadiram em bando e encapuçados as instalações sem qualquer autorização para o efeito, lançaram tochas no seu interior, forçaram a entrada no balneário por meio da força; uma vez no seu interior, agrediram violentamente os ofendidos que impediram de sair daquele local, proferiram ameaças de morte, lançaram artefactos pirotécnicos espalhando o medo e o pânico além de terem causado estragos nas instalações".

"Os arguidos agiram com a finalidade comum de atemorizar e intimidar um grupo de indivíduos, neste caso a equipa de futebol e os técnicos, através da prática de crimes com perigo para a vida e de sequestro. Agiram com especial censurabilidade atuando em grupo, com a utilização de meios pirotécnicos, os quais se traduzem num perigo para a vida dos ofendidos."

O comunicado recorda que "a GNR efetuou a imediata detenção no local de 23 desses indivíduos em fuga, recolheu todos os indícios relevantes com a apresentação dos autos de detenção e de participação ao MP do DIAP do Montijo", tendo, por sua vez, o MP feito, no dia seguinte, a apresentação ao Juiz de Instrução Criminal do Tribunal do Barreiro para primeiro interrogatório e "elaborado a apresentação com os factos imputáveis, meios de prova indiciária correspondentes e crimes indiciados, os quais correspondiam aos crimes de introdução de lugar vedado ao público, ameaça agravada, ofensa á integridade física qualificada, sequestro, dano com violência, detenção de arma proibida agravado, incêndio florestal, resistência e coação sobre funcionário, terrorismo".

A nota remata informando de que "a investigação prossegue sob a direção do MP que tem vindo a ser coadjuvado pela GNR".

Comentários
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  • Anónimo
    23 mai, 2018 13:45
    Que passem muito tempo na prisão! Pode ser que o Bruno os vá visitar.

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