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Consistório. A festa em tons de vermelho que vai criar 14 novos cardeais

20 mai, 2018 - 13:29 • Agência Ecclesia

Entre eles está D. António Marto, bispo português. Mas conhece a história da cerimónia?

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O Vaticano recebe, a 29 de junho, o quinto consistório público para a criação de cardeais no pontificado de Francisco. O anúncio da lista dos 14 nomes que se vão tornar cardeais foi feita pelo Papa Francisco durante o Angelus deste domingo e incluí o nome de um português: D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima.

A celebração inclui o rito de entrega do barrete e do anel cardinalícios, na Basílica de São Pedro.

Os 11 novos cardeais eleitores (por ordem de anúncio pontifício) são o patriarca Louis Sako, do Iraque; D. Luis Ladaria, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (Santa Sé); D. Angelo De Donatis, vigário do Papa para a Diocese de Roma; D. Giovanni Angelo Becciu, substituto da Secretaria de Estado do Vaticano; D. Konrad Krajewski, esmoler pontifício; D. Joseph Coutts, arcebispo de Karachi (Paquistão); D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima; D. Pedro Barreto, arcebispo de Huancayo (Peru); D. Desiré Tsarahazana, arcebispo de Toamasina (Madagáscar); D. Giuseppe Petrocchi, arcebispo de L’Aquila (Itália); D. Thomas Aquinas Manyo, arcebispo de Osaka (Japão).

O Papa vai ainda criar três cardeais com mais de 80 anos: D. Sergio Obeso Rivera, arcebispo emérito de Xalapa (México); D. Toribio Ticona Porco, bispo emérito de Corocoro (Bolívia); padre Aquilino Bocos Merino, missionário Claretiano.

Uma cerimónia centenária

Cada cardeal é inserido na respetiva ordem (episcopal, presbiteral ou diaconal), uma tradição que remonta aos tempos das primeiras comunidades cristãs de Roma, em que os cardeais eram bispos das igrejas criadas à volta da cidade (suburbicárias) ou representavam os párocos e os diáconos das igrejas locais.

O consistório para a criação de cardeais é uma cerimónia que se desenvolveu ao longo dos séculos, dando origem a um cerimonial próprio.

Hoje uma cerimónia pública, foi, durante centenas de anos, um cerimonial secreto, no qual o Papa anunciava o nome dos novos cardeais, que recebiam depois um “bilhete” com essa nomeação.

Após o Concílio Vaticano II (1962-1965), o consistório foi sendo sucessivamente simplificado até à fórmula atual, aprovada pelo Papa Bento XVI em 2012, que unificou o rito de entrega do barrete e do anel cardinalícios.

O último consistório tinha sido celebrado em junho de 2017; Francisco tem vindo a reforçar o papel das “periferias” no Colégio Cardinalício.

Desde 2013, quando os cardeais eleitores da Europa representavam 56% do total, Francisco tem vindo a alargar as fronteiras das suas escolhas, com uma mudança mais visível no peso específico da África, Ásia e Oceânia.

Portugal estava até hoje representado por três cardeais: D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa; D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor emérito, e D. José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos, ambos com mais de 80 anos.

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  • 28 jun, 2018 10:35
    De um momento para o outro o papa francisco enfiou na cabeca que se havia de abastecerem portugal!

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