14 mai, 2018 - 17:07
O candidato de direita às presidenciais do Brasil, Jair Bolsonaro, segue à frente nas intenções de voto a menos de cinco meses da ida às urnas, com o esquerdista Ciro Gomes a disputar o segundo lugar com Marina Silva, mais moderada.
Assim mostra uma sondagem do CNT/MDA divulgada esta segunda-feira e citada pela agência Reuters, um inquérito de opinião que foi conduzido junto de 2002 brasileiros entre 9 e 13 de maio e que excluiu da lista de candidatos o antigo Presidente do Brasil Lula da Silva.
Na versão do inquérito que não considerou a candidatura de Lula - partindo do pressuposto de que o antigo chefe de Estado será impedido de se candidatar novamente ao cargo na sequência da sua condenação a prisão em abril - 18,3% dos inquiridos dizem apoiar Bolsonaro, que o jornal "The Guardian" classificou recentemente como o "Trump dos Trópicos". A ele segue-se a ambientalista Marina Silva, do partido Rede Sustentabilidade, com 11,2% dos votos. Ciro Gomes, do Patido Democrático Trabalhista, angaria 9% dos apoios.
Isto significa que, no espaço de um mês, Gomes conseguiu roubar algumas intenções de voto a Marina Silva e ao líder da corrida. Isto porque a anterior sondagem do CNT/MDA, divulgada em março, atribuía 20% de apoios a Bolsonaro, 12,8% a Silva e 8,1% a Gomes.
Já na versão da sondagem que inclui a candidatura de Lula, o antigo Presidente mantém uma vantagem considerável sobre todos os rivais.
Numa altura em que faltam menos de cinco meses para as presidenciais brasileiras, marcadas para 7 de outubro, ainda nenhum passo formal foi dado para travar as aspirações de Lula, que há algumas semanas pôs o seu lugar à disposição no Partido dos Trabalhadores (o partido recusou substitui-lo).
No caso de Lula ser mesmo impedido de se recandidatar ao cargo que ocupou entre 2003 e 2011, e de nenhum dos dois outros candidatos conquistar maioria absoluta na primeira volta, o CNT/MDA antecipa um empate técnico entre Bolsonaro e Marina Silva.
Do total de inquiridos, 56,5% dizem que "nunca votariam" na candidata ambientalista, contra 52,8% que se recusam a votar no candidato do Partido Social Liberal.