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​O que diz a ex-namorada de Sócrates? “Mentiu, mentiu e tornou a mentir”

07 mai, 2018 - 10:56

Fernanda Câncio considera que o PS demorou a considerar o antigo primeiro-ministro como “persona non grata”.

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A jornalista Fernanda Câncio, ex-namorada de José Sócrates, garante que Sócrates “mentiu, mentiu e tornou a mentir”.

“[José Sócrates] Urdiu uma teia de enganos. Mentiu, mentiu e tornou a mentir”, escreve num texto de opinião publicado esta segunda-feira no “Diário de Notícias”.

De acordo com Câncio, Sócrates fingiu perante toda a gente que tinha fortuna de família, rejeitando até rendimentos a que tinha direito como alguém que deles não necessitava.

“Mentiu ao país, ao seu partido, aos correligionários, aos camaradas, aos amigos. E mentiu tanto e tão bem que conseguiu que muita gente séria não só acreditasse nele como o defendesse, em privado e em público, como alguém que consideravam perseguido e alvo de campanhas de notícias falsas, boatos e assassinato de caráter”, acrescenta.

Fernando Câncio diz que para o PS não foi fácil “declarar o óbvio”: “a saber, que independentemente de qualquer responsabilidade criminal alguém que age assim tem de ser persona non grata”.

“O PS esperou muito para o fazer e na verdade nem o fez bem. A sequência de declarações de dirigentes foi confusa e falou de suspeitas criminais - que estão por provar - em vez de se centrar no iniludível: a assunção do próprio de que andou deliberadamente a enganar toda a gente”, escreve.

O texto de Fernanda Câncio é publicado dias depois de José Sócrates ter anunciado que vai desfiliar-se do PS, após vários socialistas terem, publicamente, manifestado preocupação com as suspeitas de corrupção em torno do antigo primeiro-ministro.

Comentários
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  • fanã
    08 mai, 2018 aveiro 19:01
    Se a Fernanda for chamada a barra de testemunhas vai ?????????................................duvido !..
  • jAugusto
    08 mai, 2018 12:46
    Tadinha pensava que ele era rico!!
  • VICTOR MARQUES
    08 mai, 2018 Matosinhos 12:24
    Não era o Pinóquio que também tinha um nariz comprido por tanto mentir???!!!...
  • João Lopes
    07 mai, 2018 Viseu 20:48
    Henrique Raposo, expresso diário 7-5-218: «Esta é a cultura tribal do PS. O socialista típico vê-se como alguém especial, como alguém que tem uma superioridade moral intrínseca; vê-se, aliás, como o próprio dono do regime. Naquela cabeça, o regime é o PS e o PS é o regime e, portanto, um ataque ao PS é um ataque à democracia. O PS não é aqui muito diferente do PCP: o partido é uma extensão quase familiar ou pessoal do “camarada”. É por isso que o “camarada” do PS vê a prisão de Sócrates como uma humilhação pessoal; é como perder um filho para a droga. Mas a droga central desta história é mesmo a presunção de superioridade moral deste partido».
  • liréu
    07 mai, 2018 suissa 18:05
    um ladrao aos pobres portugueses serà k nao aja justiça em portugal prendao essse vandido
  • Rego
    07 mai, 2018 lisboa 17:05
    E assim ainda antes do julgamento já está condenado.Isto não é justiça.Alguem ser condenado e linxado na praça publica acho alegadamente criminoso.Só os tribunais têm poder de julgar.Culpado ou inocente é vitima de condenação prévia pelos vistos os tribunais não são necessários para nada.
  • MASQUEGRACINHA
    07 mai, 2018 TERRADOMEIO 16:16
    Fico contente por Fernanda Câncio se ter, enfim, demarcado claramente de Sócrates. Inteligente e frontal como é, chegava a provocar piedade e vergonha reflexa naqueles, como eu, que a apreciam. A sua defesa do moralmente indefensável, de um indivíduo que se assumiu publicamente, sem qualquer desconforto, como um amoral, parasita, perdulário, vaidoso e mentiroso, nunca me levou a achar que Câncio tivesse beneficiado alguma coisa de especial com isso, mas antes que padecia de lealdade cega, mas daquela tão, tão cega, que nem vê, nem concebe ver. Não sendo muito frequente, também não é assim tão raro, até entre amigos de longa data, até entre gente casada há longos anos, acontecem destes casos. Que não dependem da maior credulidade ou menor inteligência do enganado, mas sim da arte e convicção de quem engana - características que Sócrates tem de sobejo. Câncio, mesmo quando defendia o indefensável, nunca foi dada a vitimizações (ao contrário de Sócrates). Apesar de dever ter sofrido um verdadeiro rombo na auto-estima, assume a figura pouco alegre que andou a fazer, sacode o carrapato sem grandes cuidados por quem abusou e traiu a sua lealdade - e segue em frente. Liberta-se, e liberta-nos, da sombra que obscurecia os seus excelentes textos.
  • DR XICO
    07 mai, 2018 LISBOA 14:41
    Só um cego, surdo e mudo acredita na inocência de Socrates e outros DDT. Num país a sério e já estariam no 4º ano de prisão e por muitos anos. A NOSSA JUSTIÇA ESTÁ PODRE, NÃO FOI FEITA PARA OS RICOS

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