04 mai, 2018 - 14:38
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O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, que integrou também os dois governos liderados por José Sócrates, considera que a decisão do ex-secretário-geral do partido de pedir a desfiliação foi uma opção individual e deve ser respeitada.
Em declarações aos jornalistas, esta sexta-feira, dia em que também foi conhecida a decisão de José Sócrates, Vieira da Silva sublinha que desde o início do processo houve distinção de responsabilidades.
“Desde o início deste processo, que é um processo de gravidade significativa, quer o engenheiro José Sócrates quer o Partido Socialista fizeram a distinção entre o processo que está a correr na justiça e o Partido Socialista”, afirmou.
“Não vou dizer que este problema não sensibiliza, não toca no PS – seria uma hipocrisia da minha parte, seria errado nem é o que eu penso – mas a distinção das responsabilidades foi desde o início assumida”, reforçou.
Pessoalmente, o ministro diz esperar “que a justiça venha a esclarecer, com a maior rapidez possível, tudo o que se terá passado e que seja feita justiça para todos”.
Numa carta divulgada esta sexta-feira pelo “Jornal de Notícias”, José Sócrates anuncia ter pedido a desfiliação do PS e interpreta as declarações de dirigentes do partido, nos últimos dias, como "uma espécie de condenação sem julgamento".
Queixa-se ainda de o partido nunca ter saído em sua defesa nestes quatro anos, contra o que considera serem os "abusos" da justiça.